Depois de quatro tentativasfrustradas do autor do projeto, o vereador Moacir Camerini (PDT), a Câmara deBento Gonçalves aprovou a realização de uma segunda sessão ordinária semanal.Além da tradicional segunda-feira, as reuniões para deliberações de projetos agoratambém ocorrerão nas quarta-feira, no mesmo horário, às 18h. A mudança ainda dependede publicação no Diário Oficial do Município.
A proposta vinha sendoapresentada pelo parlamentar desde 2013, mas nunca tinha conseguido a suficienteadesão dos colegas. Nesta quarta-feira, dia 21, a poucos dias da eleiçãomunicipal, o tema foi acolhido por unanimidade pelos demais edis.
O retorno à pauta ocorreu apósum ano da última rejeição do texto, prazo estipulado pelo próprio Regimento Interno.“Foi por causa desse projeto, inclusive, que esse prazo foi mudado de quatro mesespara um ano, há um tempo atrás, para que ele não pudesse voltar antes à pauta. Euapresento essa medida desde os três meses como vereador. Se ela seria aprovadaem outro momento, não sei, mas aconteceu de retornar justamente agora, assimcomo outros projetos meus que são rejeitados e, depois de um ano, eu apresentonovamente”, explica Camerini.
Mesmo sem votar, o presidenteda Casa, Gilmar Pessutto (PSDB), se manifestou de forma contrária à medida,que, segundo ele, provocará um aumento de até R$ 40 mil mensais nos gastos doLegislativo. O argumento de Pessutto é o fato de que a reformulação doRegimento já iria prever, para a próxima legislatura, uma segunda sessão – asduas, contudo, seriam no horário de expediente, o que não provocaria elevaçãodos custos com horas-extras de servidores.
Camerini afirma que “quemganha é a comunidade” e acredita que os gastos não devam chegar a tanto,estimando os novos custos em cerca de R$ 10 mil mensais. “A Câmara pode fazeroutras ações de contenção de gastos, mas não pode deixar de evoluir. Hoje, osprojetos de um vereador entram na pauta na quinta e são discutidos na sessão desegunda. Depois, fica um tempo muito grande para atender a pedidos emergenciaisda população. Isso é também uma forma de estimular que os vereadores apresentemmais projetos. Se não esses que estão aqui, os novos que vão entrar. Nãopodemos ter sessão só para votar projetos do prefeito”, conclui o vereador.