Bento Gonçalves entrou na lista das cidades em situação de alerta ou de alto risco de transmissão da dengue, chikungunya e zika vírus. As informações foram divulgadas pelo setor de Vigilância Ambiental da 5ª Coordenadoria Regional de Saúde (5ª CRS).
De acordo com a Vigilância Ambiental da 5ª CRS, a classificação é usada quando uma larva é encontrada em determinado ponto da cidade e os agentes de combate a endemias localizam mais larvas em um raio de 150 metros. Quando o município é considerado infestado aumenta o número de agentes na visita aos imóveis para acompanhar de perto a situação e verificar como está a reprodução do mosquito. O objetivo é prevenir as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Para sair da condição de infestado, o município tem que ficar um ano sem que as equipes encontrem larvas. Esse processo é difícil. Por isso, depois de ingressar na lista, as cidades costumam permanecer nela.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Diogo Segabinazzi Siqueira, Bento está nesta situação desde 2010, mas não registra casos de dengue, chikungunya e zika vírus com pessoas infectadas na cidade. Ele destaca que o trabalho para erradicação das larvas do mosquito é muito complicado e, por mais que os agentes de combate a endemias atuem nas casas, é importante a comunidade também fazer o seu papel. Evitar o aparecimento de focos do mosquito, principalmente no pátio das casas, é de fundamental importância. "As pessoas não podem esperar que somente a prefeitura faça o comvbate ao mosquito. É preciso que todos fiquem atentos e busquem a prevenção", resumiu o secretário.
A água parada é a maior preocupação para a reprodução do mosquito: basta uma pequena quantidade para que a fêmea consiga colocar os ovos e se reproduzir. Outro fator que preocupa o poder público é que o mosquito tem se adaptado ao ambiente. Se antes ele se reproduzia apenas em água limpa, hoje a situação mudou, e têm sido encontrados focos também em água suja.