O esquecimento se tornou um dos males do século e pode não estar apenas associado a doenças cerebrais. É comum que, não apenas idosos, mas também jovens e adultos tenham queixa de esquecimento, já que a vida agitada é acompanhada de stress, depressão, má alimentação, problemas metabólicos e sono inadequado. Cabe lembrar, ainda, que cada pessoa carrega consigo um histórico genético que deve ser levado em consideração no momento do diagnóstico.
Independente da faixa etária ou classe social, quando o rendimento do indivíduo cai e surge dificuldade de atenção no trabalho e na vida social, é o momento de buscar ajuda e investigar as possíveis causas deste distúrbio.
Em se tratando de alterações neurológicas que afetam a memória, alertamos que há diversos diagnósticos possíveis, como a doença de Alzheimer, demência por corpos de Lewy, demência Fronto-Temporal, além de causas secundárias, como vasculares, endócrinas, hematoma subdural, metabólica, tóxica, infecciosa, hidrocefalia de pressão normal, depressão e distúrbio do sono.
Caso esteja sofrendo deste mal, primeiramente fique calmo: pode ser apenas exaustão física e psicológica. Veja algumas dicas para melhorar a memória:
Faça uma coisa de cada vez: Fazemos várias coisas ao mesmo tempo. Identifique as prioridades do momento, se dedique a eles e se desligue do resto.
Descanse: o bom funcionamento cerebral depende disso. Dormir ao menos 7 horas ininterruptas de sono por noite, com qualidade, tirar férias de tempos em tempos e praticar atividades de lazer reduzem os lapsos de memória.
Alimentação: a alimentação influencia na capacidade de memorização. Prefira alimentos de fácil digestão, fracionados durante o dia e em quantidade moderada. Refeição pesada e quantidade exagerada desloca o fluxo sanguíneo para os intestinos e o cérebro fica mais lento e preguiçoso. Para ajudar ainda mais, beba bastante água.
Trate a depressão e a ansiedade: A depressão deixa lentos os processos cerebrais. A mesma coisa ocorre com a ansiedade. A pessoa muito ansiosa está sempre com uma pressão antecipatória, sofre antes da hora, preocupa-se e se esquece de viver o momento. A ansiedade leva diretamente a problemas de atenção e concentração.
Exercite o cérebro: Coloque seu cérebro para realizar coisas novas. Faça atividades rotineiras de um jeito diferente, mude os caminhos, a mão que você come e escova os dentes, troque o mouse de lado tome banho de olhos fechados/Luz desligada, confira o valor das moedas pelo tato, faça lista mental das coisas, some os valores das placas dos carros. Aprenda outra língua, um instrumento, um novo esporte… Seja criativo e exercite seu cérebro como se ele fosse um músculo. Um cérebro treinado é muito mais confiável.
Relembre boas lembranças: Memórias ligadas à emoção são mais facilmente fixadas. As emoções positivas têm prioridade sobre emoções negativas, um fenômeno conhecido como memória seletiva. Viaje, encontre os amigos, reúna a família, viva com intensidade e otimismo para que suas memórias sejam mais vivas e resistentes. Recorde sempre das boas coisas que viveu, reveja álbuns de fotografia, vídeos antigos e remonte os momentos na cabeça. Quanto mais vezes algo é lembrado, mais firme fica a lembrança. Com o tempo, seu cérebro se empenhará cada vez mais em reter as experiências de vida.
Continua preocupado? Invista no seu bem-estar e procure um neurologista.