Em medida provisória publicada em edição extra do Diário Oficial da União, o governo federal definiu o novo valor do salário mínimo, que passa a vigorar nesta quarta-feira, 1º de janeiro de 2020. O acréscimo de 4,1% leva o mínimo para o patamar de R$ 1.039, acima do valor que foi aprovado para o piso no Orçamento do ano, que foi de R$ 1.031.
Conforme o governo, foi necessário corrigir projeções que basearam os cálculos anteriores. A recente alta do preço da carne pressionou a inflação e, assim, gerou uma expectativa de INPC mais alto, o que está refletido no salário mínimo de 2020. A notícia é boa para o trabalhador, mas "como o valor anunciado ficou acima do patamar anteriormente estimado, será necessária a realização de ajustes orçamentários posteriores, a fim de não comprometer o cumprimento da meta de resultado primário e do teto de gastos definido pela Emenda Constitucional nº 95", ressaltou no texto divulgado pelo governo federal o Secretário Especial de Fazenda, Waldery Rodrigues Junior. O governo estima que para cada R$ 1,00 a mais no salário mínimo, as despesas com Benefícios da Previdência, Abono e Seguro Desemprego e Benefícios de Prestação Continuada devem subir aproximadamente R$ 355,5 milhões em 2020.