A segunda-feira quente da Câmara de Vereadores teve como um de seus personagens principais o vereador Neri Mazzocchin. Além de anunciar seu projeto de redução do número de vereadores no Legislativo, o parlamentar do Progressistas denunciou que estaria sofrendo pressões internas e externas sobre o relatório da Comissão Processante que analisa o pedido de cassação do vereador Moacir Camerini (PDT).
Em um pronunciamento curto e direcionado, Mazzocchin elevou o tom e disse que não iria aceitar pressões internas e externas sobre o relatório que ele deve apresentar nos próximos dias decidindo sobre a cassação ou não do vereador Camerini. "Não me intimidarei com nada e deixo aqui o recado para que parem de assediar e intimidar meus funcionários. Se isso continuar, irei registrar ocorrência na Delegacia de Polícia e farei denúncia no Ministério Público", ameaçou o vereador.
Procurado pela reportagem, Neri Mazzocchin disse que não falaria sobre o caso para não prejudicar os trabalhos na Comissão Processante. A comissão recebeu nesta segunda-feira, 9, as alegações finais da defesa do vereador Moacir Camerini. Agora, Mazzocchin, como relator, tem 10 dias para apresentar seu relatório.
Apesar de não comentar sobre o assunto, em sua fala na tribuna, dá para interpretar que o vereador se referia a alguém que está na Câmara de Vereadores. Isso porque, no calor da manifestação, Mazzocchin disse que iria ao judiciário e que o autor da intimidação sairia algemado de dentro do Legislativo.
Câmara pode ter sessão extraordinária para votar cassação de Camerini
O final do ano se aproxima e com ele a expectativa sobre o que irá acontecer com o mandato do vereador Moacir Camerini. Com os trabalhos da Comissão Processante chegando ao seu final, tudo indica que a decisão se o parlamentar continua ou não na Câmara de Vereadores será decidido no voto.
Nas conversas de corredor do Legislativo, fala-se uma sessão extraordinária deve ser chamada para a realização da votação de cassação, ou não, de Camerini. A Mesa Diretora da Câmara não confirma a possibilidade. Para que o vereador do PDT seja cassado, são necessários 12 votos, ou 2/3 do total de vereadores. A sessão para a votação pode acontecer independente do resultado apurado pela Comissão Processante.