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Sindicância da BM não aponta racismo de PMs com motoboy em Porto Alegre

A investigação interna apurou a conduta dos quatro policiais envolvidos no caso, identificando duas transgressões disciplinares relacionadas à condução dos acusados.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio
23/02/2024 às 20h07
Sindicância da BM não aponta racismo de PMs com motoboy em Porto Alegre

A Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul (SSP-RS) revelou os resultados das investigações sobre o controverso caso ocorrido no último sábado (17) no bairro Rio Branco, em Porto Alegre, envolvendo um motoboy negro e um idoso branco. Em uma coletiva de imprensa realizada na tarde desta sexta-feira (23), foi anunciado que a sindicância realizada pela Brigada Militar concluiu que os policiais militares que atenderam a ocorrência não cometeram excessos nem atos de racismo.

O incidente teve como protagonistas o motoboy Everton Henrique Goandete da Silva, de 40 anos, que foi agredido com um golpe de canivete por Sérgio Camargo Kupstaitis, de 71 anos. Segundo relatos, a agressão escalou quando Silva revidou a pedradas. Parte do confronto foi capturada por câmeras de segurança e divulgada durante a coletiva, ilustrando a tensão do momento. Embora a agressão inicial do idoso não tenha sido gravada, Kupstaitis admitiu o ato, conforme informado pela Brigada Militar.

A investigação interna apurou a conduta dos quatro policiais envolvidos no caso, identificando duas transgressões disciplinares. A primeira relaciona-se à falha dos policiais em acompanhar Kupstaitis até seu apartamento para que este pudesse se vestir e buscar seus documentos. A segunda refere-se à falta de percepção da chegada de uma segunda viatura da BM, destinada à condução dos envolvidos para a delegacia.

Apesar das falhas identificadas, a Brigada Militar afirmou que não foram encontrados indícios de crimes militares ou comuns por parte dos PMs. Com a conclusão da sindicância, os quatro policiais serão notificados e terão a oportunidade de apresentar suas defesas dentro de um prazo estipulado. Dependendo do resultado da análise dessas defesas, poderão enfrentar detenções disciplinares, cuja duração será determinada pela corregedoria da instituição.

Durante o processo investigativo, dois dos policiais foram temporariamente removidos das atividades de campo, atuando em setores administrativos, medida tomada pela BM como precaução e para minimizar o estresse gerado pela situação. Agora, com a investigação concluída, há possibilidade de retorno imediato às funções operacionais, a critério de seus comandantes.

Este caso atraiu atenção pública e debate sobre as práticas policiais, especialmente em contextos de conflitos raciais e sociais. A conclusão das investigações sem evidências de racismo ou excessos por parte dos policiais busca trazer um fechamento ao episódio, embora continue a suscitar discussões sobre a necessidade de contínua avaliação e treinamento das forças de segurança.

O comandante-geral da BM, coronel Cláudio dos Santos Feoli, falou sobre o fato em entrevistsa coletiva na tarde desta sexta-feira, 23.

 

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