O rumo do cenário político nacional pode mudar nos próximos dias. Fontes próximas ao presidente a Jair Bolsonaro garantem que ele já decidiu deixar o PSL. Aliados mais imediatos estão cientes da decisão. O presidente já estaria articulando a criação de um novo partido, com um grande número de políticos prontos para a filiação. O Plano B seria a filiação em uma sigla de menor expressão.
A insatisfação de Bolsonaro com a legenda pela qual se elegeu presidente da República vinha em uma crescente e foi tornada pública nesta terça-feira, 8 de outubro, quando afirmou a um apoiador, na saída do Palácio da Alvorada: “Esqueça o PSL”. Na mesma ocasião, disse que o presidente da legenda, o deputado federal Luciano Bivar, “está queimado pra caramba”. O presidente cochichou sua recomendação nesta terça-feira, a um eleitor que se apresentou como pré-candidato pelo partido no Recife. Mesmo assim, o rapaz gravou um vídeo ao lado dizendo “Eu, Bolsonaro e Bivar juntos por um novo Recife”.
Informações de bastidores dão conta de que Bolsonaro já estaria articulando a criação de um novo partido, ao lado do filho Eduardo Bolsonaro. Ele seria chamado de “Conservadores” e aliados de Eduardo estariam finalizando o estatuto. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo. Ainda, segundo o jornal, a nova sigla de Bolsonaro teria como princípios: moralidade cristã, a vida a partir da concepção, a liberdade e a propriedade privada e atuaria na defesa do direito à legítima defesa individual, o combate à sexualização precoce e à apologia da ideologia de gênero.
Plano B seria a mudança para outro partido
Uma outra alternativa analisada pela família Bolsonaro é a mudança de partido. A ideia seria desembarcar num partido menor para promover uma reforma interna. Siglas como o Patriota e a UDN, a última em vias de ser criada, são as opções mais prováveis no momento. O Patriota terá uma reunião nesta quarta-feira, 9, para fechar um posicionamento público em relação à possível filiação de Bolsonaro. Segundo uma fonte da legenda ouvida pela reportagem do O Globo, caso o presidente mude de fato de sigla, de 20 a 25 deputados iriam junto.