A Polícia Civil da Serra Gaúcha, com o auxílio de agentes da Polícia Federal e da Polícia Civil do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, conseguiu prender um líder de uma facção criminosa que atuava na Serra e é acusado de vários crimes. Ele foi preso na cidade de Itapena, no litoral norte catarinense, e foi recolhido ao presídio. O criminoso estava sendo procurado desde 2022 e é acusado de um roubo a banco em Bento Gonçalves, ocorrido no ano de 2018.
De acordo com informações preliminares, o preso trata-se de Leandro Luís Alves Pinheiro, de 45 anos, considerado um dos líderes da facção Bala na Cara, criada no bairro Bom Jesus, em Porto Alegre, e com fortes ramificações na Serra Gaúcha, principalmente em Caxias do Sul. Pinheiro aproveitou o benefício do regime semiaberto, utilizando tornozeleira eletrônica, e fugiu do sistema prisional em 2022. Ele foi capturado por volta das 7h, desta quarta-feira, 7 de fevereiro, na cidade litorânea de Itapema, em Santa Catarina.
Leandro Pinheiro tem passagens por roubo a estabelecimento bancário, receptação, tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, além de responder atualmente a mais dois processos criminais em que é suspeito de cometer um roubo em um banco em Bento Gonçalves. Com a sua prisão, a Polícia Civil passa a investigar se há ligação de Pinheiro com a série de mortes ocorrida recentemente em Caxias do Sul.
O advogado de Leandro Pinheiro, Andrei Felipe Valandro, revelou em reportagem do jornal Correio do Povo, que seu cliente decidiu fugir 2022 após o nascimento do filho. “Ele foragiu em decorrência de uma condenação pelo delito de tráfico. Foi determinado que ele voltasse para a prisão e, neste meio tempo, nasceu o filho dele. Por isso ele fugiu”, disse.
Ainda de acordo com o jurista, Leandro não tem envolvimento com a disputa entre facções em Caxias do Sul. “Não é verdade que o Leandro estaria envolvido com as mortes em Caxias do Sul. Ele não tem nenhum envolvimento com isso. Os crimes dele tem a ver com roubos, ele nunca mandou matar ninguém e nem teve qualquer participação em homicídios”, enfatizou o advogado.
Ele também nega que o preso exerça a liderança de uma organização criminosa. "A polícia diz que todo mundo é liderança mas, no Brasil, o que seria um ‘líder de facção’? Poderia ser dito que ele era integrante, mas não líder. Fato é que, no sistema penitenciário, os presos são obrigados a pertencer a um grupo”, destacou.
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