Com a divulgação dos 34 projetos que serão beneficiadoscom recursos do Fundo de Cultura, o Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC)prestou esclarecimentos sobre o processo que definiu as propostas que receberãoas verbas públicas neste ano. As explicações vêm em resposta a críticas sobre anão aprovação de algumas iniciativas cadastradas no mais recente edital, queliberava no total R$ 835 mil a pessoas físicas e jurídicas. O teto para cada umera de R$ 33 mil.
Em entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira, dia29, da qual somente o Notícias de Bento participou, conselheiros, acompanhadosdo secretário de Cultura, Evandro Soares, defenderam, principalmente, o carátertécnico na análise das proposições inscritas, feita inicialmente por umacomissão e depois passada à votação do colegiado. Os projetos são avaliados deacordo com uma planilha que estipula pontuação para cada critério, que pode irdesde a originalidade até o orçamento previsto – por fim, é estipulada uma classificaçãoque vai de zero a 100. No caso deste ano, os melhores aprovados ficaram comíndices entre 86 e 100.
A presidente do Conselho, Ivete Todeschini, destaca que éimportante que, cada vez mais, as propostas apresentadas pelos artistasestabeleçam conceitos culturais, que “transcendam” a simples realização deeventos, atividades ou produtos isoladamente. “Nossa principal função éfomentar a cultura, ampliar esse olhar. Muitas pessoas querem que o projetoseja aprovado apenas pelo ego, porque seu nome está nele. E isso não é maisimportante do que o legado que esse projeto pretende deixar”, afirma.
O edital recebeu a inscrição de 125 propostas. Inicialmente,58 foram aprovadas, mas, em função de limite de recursos, a lista final(confira abaixo) ficou com os 34 melhores colocados, utilizando R$ 832 mil emantendo R$ 3 mil em caixa. O conselheiro Daniel Somensi, que também já esteveà frente do CMPC, ressalta o fato de que o Fundo tem garantido, anualmente, apossibilidade de custear o trabalho de artistas locais, de forma semprecrescente. “Felizmente, temos garantido por lei esse recurso, que beneficiamuitos projetos. Isso é um avanço para nós da classe artística, de todos ossegmentos”, aponta.
O secretário de Cultura salienta que os projetos queficaram bem posicionados na classificação, mas não de forma suficiente agarantir o recurso neste ano, podem ser novamente inscritos, com algumasmelhorias. “Eles demonstram que têm boas condições de serem aprovados em umpróximo edital. Talvez, só precisem aprimorar algum ponto e voltar”, concluiSoares.
Outro ponto levantado pelo Conselho é a importância deafinar a relação entre os idealizadores dos projetos e os produtores culturaisque os apresentam, para garantir que as ideias sejam colocadas no papel deforma mais clara e detalhada possível. “O produtor cultural tem que entender oque o projeto e o proponente têm a oferecer”, pondera Somensi. “Tivemospropostas que pareciam muito boas, mas que pecaram na hora da apresentação”,finaliza a presidente Ivete.
Confira os 34 projetos aprovados: