A novela da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Fake News teve mais um capítulo nesta segunda-feira, 9 de setembro. Os vereadores aprovaram na sessão ordinária a prorrogação das investigações por mais 60 dias. A ampliação do prazo foi aprovada por 13 votos a favor e 3 contrários.
O pedido foi solicitado pelos integrantes da CPI das Fake News, sob a alegação na demora em obterem respostas de pedidos feitos na esfera judicial. Com mais dois meses de trabalho, todos acreditam que a investigação será concluída até antes do prazo final.
Os trabalhos de oitivas também serão retomados. Nesta quinta-feira, 12, às 19h30min, o vereador Moacir Camerini (PDT), pivô da criação da CPI, será ouvido pelos integrantes da comissão. Os parlamentares querem saber qual o envolvimento do vereador pedetista com as notícias falsas e os memes divulgados por seus assessores na Câmara de Vereadores. Camerini alega, desde o início, que a CPI trata-se de uma perseguição política orquestrada por seus adversários.
A CPI das Fake News foi instalada em 17 de maio e apura se houve o uso da estrutura funcional da Casa para criar e manter usuários falsos em redes sociais para a propagação de mentiras e comentários ilegais. O prazo inicial, que era de 120 dias, encerrava na próxima terça-feira, 17. Quatro depoimentos foram tomados neste período. Dênis Alex de Oliveira, Jorge Bronzatto Jr. e Jorge Mattos, ex-assessores de Camerini, admitiram a divulgação de informações falsas por meio de perfis criados para esta finalidade. Eles dizem que a orientação partiu do vereador. Também foi ouvida Rogéria Policárpio, que disse que foi induzida pelo pedetista a denunciar o vereador Anderson Zanella (PSD) por racismo, episódio que seria falso e teve o inquérito arquivado na justiça.