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Venda de vinhos registra queda de 4,6% no primeiro semestre

A boa notícia na divulgação dos dados do Ibravin foi o crescimento nas vendas de vinhos finos

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Divulgação
15/12/2018 às 21h01
Venda de vinhos registra queda de 4,6% no primeiro semestre
Divulgação

A quebra na safra de uva deste ano, que aumentou o custo da matéria-prima, aliada à elevação dos insumos e ao aumento da tributação nos vinhos, impactaram negativamente o desempenho comercial dos principais produtos vinícolas no primeiro semestre de 2016. Em praticamente todas as categorias se verificou alta de preços e, por consequência, o recuo nas vendas. A exceção foi o vinho fino, que vem mantendo os resultados positivos desde o ano passado mesmo com tabelas reajustadas. No geral, a comercialização dos primeiros seis meses do ano foi 4,35% menor em relação ao mesmo período de 2015. 

Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) mostram que houve recuo de 5,73% no vinho de mesa, - 9,65% no espumante e de - 5,85% no suco de uva pronto para consumo. O vinho fino, no entanto, teve alta de 9,33%. Como a importação também se apresenta positiva, em 5,09%, observa-se que consumo da categoria no país, somado aos nacionais, nesse primeiro semestre, ampliou em 6%, representando 2,5 milhões de litros a mais comparado com o mesmo período do ano passado.

Para o presidente do Ibravin, Dirceu Scottá, o setor vitivinícola não está desconectado da situação econômica nacional. "Comparando com outros segmentos, o recuo não foi tão drástico. Talvez, se tivéssemos conseguido reverter a elevação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), poderíamos estar alcançando o mesmo resultado do ano passado", destaca. O dirigente se refere à elevação de alíquota do IPI de um valor máximo de R$ 0,73 por litro, para um percentual de 10% sobre o valor de venda da garrafa, que entrou em vigor em 1º de dezembro de 2015.

Recuo dos espumantes chega a 9,65%

A retração na importação de espumantes chegou a 30%. Somando com o resultado dos rótulos nacionais, a categoria encolheu em 14,45%, representando 942.263 litros. Para o setor, dois fatores contribuíram para o desempenho menor dos espumantes. O primeiro foi a antecipação de compras pelo mercado ainda no final de 2015, para evitar a aquisição de produtos com valores onerados pela alíquota maior de IPI. O segundo foi o frio mais intenso verificado esse ano, que impulsionou o consumo de vinhos tranquilos em detrimento dos espumantes. A venda de vinhos finos tintos, por exemplo, cresceu 13,5%. O setor espera uma retomada nas vendas nos próximos meses. "Como o grande volume de comercialização se verifica no segundo semestre, há condições de reverter esse desempenho", acredita o vice-presidente do Ibravin, Oscar Ló.

A mesma previsão não deve se verificar para o vinho de mesa e para o suco, que devem chegar ao final do ano com baixa nas vendas. "O vinho de mesa tem um público-consumidor que é bastante sensível a preço e também houve uma redução na oferta disponível no mercado. O suco de uva 100% também deve ter recuo nas vendas em comparação com o que vinha apresentando nos últimos anos. Mas na próxima safra, havendo uma boa colheita, essa situação pode se estabilizar", observa Ló.

Para a segunda metade do ano, Scottá explica que a reversão da medida que elevou o imposto sobre os vinhos será crucial para o setor. "Se conseguirmos negociar uma alíquota menor para o IPI, talvez consigamos recuperar uma percentagem do que caiu no vinho de mesa e ter um resultado ainda melhor no fino, pois ele tem impacto direto no preço. Mas ainda é cedo para qualquer prognóstico", resume o presidente.

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