
O amado por muitos e odiado por muitos não voltará em 2023. Estamos falando do famoso horário de verão que foi criado na década de 1930 e extinto em 2019. A informação foi repassada por técnicos do Ministério de Minas e Energia e ainda recomendam que o Governo atual não retome com a medida.
Segundo a informação dos técnicos do Ministério de Minas e Energia ao jornal Folha de S. Paulo, o horário de verão não irá retomar. Eles avaliam que o planejamento do setor está robusto e garante o devido fornecimento energético. Também foi recomendado ao governo Lula a não adotar novamente a prática de adiantar os relógios durante os meses mais quentes.
Além disso, nesta quarta-feira, 20, o Brasil entrou no período de maior calor com os reservatórios das hidrelétricas em nível elevado, o que garante a energia de fontes renováveis, como solar e eólica, que endossam uma oferta firme a custos menores, sem a necessidade da iniciativa extinta em 2019.
Como surgiu o horário de verão
A fim de fazer com que as noites caiam mais tarde e o dia passe a sensação de ser mais longo, o horário de verão estabelecia que os relógios fossem adiantados por uma hora, entre os meses de outubro e fevereiro. O objetivo da medida, que começou na década de 1930 e foi instituída em outras nove oportunidades, era reduzir o consumo de energia, aproveitando por mais tempo a luz natural do sol.
Extinção da medida em 2019
O horário de verão foi extinto em abril de 2019, quatro meses após o ex-presidente Jair Bolsonaro ser eleito. Na época, o chefe do Executivo alegou que a decisão foi baseada em estudos que evidenciaram que não havia mais economia de energia por conta do adiantamento do relógio e que o organismo das pessoas seria afetado negativamente.
Conforme especialistas da área, o horário de verão perdeu força após novos hábitos sociais surgirem, a exemplo do uso de ar-condicionado dentro das moradias de grande parte da população.
Em 2022, Lula abriu uma enquete em sua rede social perguntou pela preferência do povo quanto ao assunto. Com cerca de 2,3 milhões de votos, o resultado foi favorável ao retorno da medida: 66,2% querem de volta, enquanto 33,8 são contrários.