No que depender do governo federal, a punição às infrações de trânsito e as regras de formação de condutores ficarão mais frouxas. O presidente Jair Bolsonaro (PSL) reforçou na noite da quinta-feira, 23, que negocia o fim do radar móvel nas rodovias federais. Os radares móveis flagram motoristas que excedem o limite de velocidade, o que foi classificado como "armadilha" pelo chefe do Executivo. Além disso, Bolsonaro afirma que vai propor ao Congresso Nacional o aumento do limite de pontos que podem ser acumulados na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por irregularidades ao volante. Ele também pretende acabar com as aulas obrigatórias em simuladores nas autoescolas.
Em março, o governo federal cancelou o pedido de renovação de oito mil novos radares eletrônicos. Segundo ele, a ordem agora é não renovar mais nenhum dispositivo."O que está acertado com o ministro da Infraestrutura, Tarcisio Freitas, é que todo e qualquer radar ou pardal, uma vez vencendo o seu prazo, nós não revalidaremos isso daí", disse. O presidente relacionou a decisão de não renovar os radares eletrônicos à queda dos acidentes e mortes nas estradas federais na Semana Santa deste ano. "Você tem que estar preocupado com a sinuosidade da estrada. Não se tem um pardal escondido atrás da árvore", disse.
Alterações também no Código de Trânsito Brasileiro
Além do fim do radar móvel, em entrevista, o presidente afirmou que deve propor na próxima semana um projeto de lei ou uma medida provisória com alterações no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A ideia é elevar a validade da carteira de motorista de cinco para dez anos e aumentar de 20 para 40 pontos o limite para a suspensão do documento. "Devo, na semana que vem, isso depende do presidente da Câmara dos Deputados se será projeto de lei ou medida provisória, mexer no Código de Trânsito, onde a gente passa para 40 o número de pontos. O ideal é passar para 60, mas teria dificuldade", afirmou Bolsonaro.
O presidente disse ainda que a iniciativa irá propor o fim da necessidade dos simuladores para a retirada da carteira de motorista. "Pretendemos acabar com os simuladores para diminuir o preço da carteira de motorista", resumiu o presidente.