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Rio Grande do Sul enfrenta a sua maior catástrofe natural em 64 anos

Conforme última atualização do governador do Estado, número de vítimas subiu para 31 nesta quarta-feira (6). Enchentes têm o maior saldo de vítimas por fenômeno meteorológico desde 1959, afirma a MetSul.

Kevin Sganzerla
Por: Kevin Sganzerla Fonte: MetSul
06/09/2023 às 12h31
Rio Grande do Sul enfrenta a sua maior catástrofe natural em 64 anos
Foto: MAURÍCIO TONETTO/PALÁCIO PIRATINI

Com, até então, 31 mortes confirmadas em decorrência das enchentes, o Rio Grande Sul enfrenta o seu maior desastre natural em número de vítimas em 64 anos. Segundo informações da MetSul Meteorologia, nenhum evento meteorológico desde 1959 trouxe saldo tão chocante de vítimas. 

Nesta mesma época, no mês de setembro, em 1959, um evento extremo de chuva deixou oficialmente 94 mortos nos municípios de Candelária e Sobradinho, no Vale do Rio Pardo. Na época, famílias inteiras que moravam perto do Rio Pardo e de seus pequenos afluentes, que também inundaram, acabaram morrendo. O saldo final do desastre jamais foi conhecido porque várias pessoas desapareceram e nunca mais foram vistas.

As réguas eletrônicas que medem o nível do Taquari, em Estrela, estavam, nesta terça-feira (5), inacessíveis e talvez tenham sido destruídas, tamanha a dimensão da cheia. Medições eram feitas manualmente nas velhas réguas físicas, que indicaram 29,6 metros nesta terça-feira (5). O segundo maior nível em 150 anos de medições, pouco abaixo do recorde de 29,92 metros de maio de 1941, a maior enchente da história gaúcha e que deixou Porto Alegre sob as águas.

Em 1941, no entanto, foram semanas de muita chuva que levaram o Taquari aos seus níveis recordes. Agora, o volume extremo de água se precipitou em um curto intervalo, de apenas dois dias, entre domingo e segunda. Segundo a MetSul Meteorologia, choveu de 200 mm a 300 mm nos Campos de Cima da Serra. Na Serra, ao redor de 200 mm ao longo da bacia do Rio das Antas. E nos vales, a precipitação somou mais de 150 mm em vários pontos.

"Já havia muita água nas partes baixas e veio muito das áreas elevadas. Isso gerou um volume colossal de água que desceu das nascentes e da bacia do Antas, na Serra, para as partes baixas nos vales, o que levou à cheia feroz com as águas subindo muito rápido e invadindo cidade", afirma a metereologista Estael Sias. 

Ainda segundo a MetSul, esse pode não ser o último desastre do ano. "Com um El Niño forte e com potencial de se transformar em Super El Niño, as próximas semanas e meses reservam instabilidade fora dos padrões normais, o que levará à chuva muitíssimo acima da média, mais enchentes e muitos temporais", alerta Sias.

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