O autismo é tema do projeto Falando Sobre que ocorre nesta segunda-feira, 22, às 19h30min, no auditório do Sesc. Entre os temas, estão o preconceito e a inclusão das pessoas com transtorno do espectro autista. A atividade é aberta ao público e a entrada é um quilo de alimento não perecível ou de ração.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, em todo o mundo, uma em cada 160 crianças tenha transtorno do espectro autista. Essas crianças apresentam uma série de condições caracterizadas pelo comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem. Além disso, segundo a OMS, têm uma estreita gama de interesses e atividades que são únicas para elas e realizadas de forma repetitiva. O nível de funcionamento intelectual é muito variável.
Na maioria dos casos, as condições aparecem durante os primeiros cinco anos de vida. Painelista desta noite, Cláudia da Cruz Pimentel, que atua na Associação Pró-Autistas Conquistar de Bento e é especializada em Neuropsicopedagogia e Inclusão e Psicopedagogia Clínica e Institucional, explica que alguns sinais podem ser notados ainda quando no bebê. Entre eles, está a recusa de expressões de carinho e proximidade, como não aceitar colo ou abraço. Outro ponto ainda é a falta de contato visual com a mãe durante a amamentação, explica a especialista.
Ela explica também que o diagnóstico rápido favorece a estimulação, o que ajuda no desenvolvimento de habilidades da pessoa com o transtorno. Quem desconfiar que o filho tem a síndrome pode fazer o primeiro contato com o pediatra. Além de Cláudia, participam da programação desta segunda-feira outros três profissionais: Ivani Pelicer, graduada em História e trabalha no Núcleo de Inclusão e Diversidade da Secretaria Municipal da Educação; Lisiane Boff, formada em Pedagogia, especializada em Psicopedagogia Clínica e com 30 anos de experiência em temas relacionados ao autismo; professor Paulo Cezar Madeira, pós-graduando em Autismo e pai do Paulinho, uma criança dentro do transtorno do espectro autista.