Segunda, 19 de Maio de 2025
14°C 24°C
Bento Gonçalves, RS
Publicidade

Mulheres não aceitam mais agressões caladas

Coordenadoria dos Direitos da Mulher afirma que atendimentos em Bento Gonçalves saltaram de 800, em 2017, para 1.200, em 2018, graças à coragem da mulher em denunciar seu agressor.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Divulgação
08/03/2019 às 21h38 Atualizada em 10/08/2019 às 14h30
Mulheres não aceitam mais agressões caladas
Divulgação

O número de atendimentos à mulher em casos de violência cresceu consideravelmente em Bento Gonçalves. Porém, apesar do número de atendimentos assustar, ele mostra algo positivo em uma análise profunda da atual situação. A coragem e o emponderamento das mulheres cresceram expressivamente para denunciar os casos de violência de seus companheiros, o que tem ajudado as entidades a auxiliar cada vez mais as mulheres a buscarem e exercerem os seus devidos direitos. 

Segundo a titular da Coordenadoria dos Direitos da Mulher, Regina Zanetti, o número de atendimentos em Bento Gonçalves cresceu 35% de 2017 para 2018. No ano de 2017, foram realizados aproximadamente 820 atendimentos. Já no ano passado, o número ultrapassou os 1.200 atendimentos. Para Regina, o aumento se deve pelo fato que as mulheres estão se encorajando mais em denunciar as agressões de seus companheiros. “O que percebemos é que a mulher tem se encorajado mais em denunciar. Não que a violência aumentou, mas a violência está sendo retirada dos locais mais obscuros das residências”, explica Regina. 

A Coordenadoria dos Direitos da Mulher e o Centro de Referência da Mulher que Vivencia Violência (REVIVI) são entidades localizadas em Bento Gonçalves criadas em 2007 que têm como objetivo combater a violência doméstica e promover a cultura de denunciar agressões contra mulher. “Através deste trabalho conscientizamos as mulheres sobre os seus direitos, levamos ao conhecimento delas que existe uma rede de apoio, já conseguimos e pretendemos continuar assim evitando que as violências domésticas se agravem”, comenta. 

Porém, o trabalho realizado pelas entidades depende, sobretudo, da participação da sociedade visando diminuir a violência contra a mulher. “É um trabalho de formiguinha, mas que a sociedade tem que se conscientizar que ela faz parte disso, ela tem que estar junto no combate, orientando os seus filhos, as escolas orientando os seus alunos a não violência contra a mulher”, ressalta Regina. 

Resultado de imagem para mulheres reagem às agressões e denunciam

Ambas as entidades trabalhos no atendimento das mais diversas situações e de todos os tipos de violência que permeiam a sociedade como física, psicológica, moral, patrimonial e sexual. A coordenadoria e o Centro Revivi também auxiliam nos casos de reincidência, muito comuns na sociedade. “Temos que fortalecer essa mulher para se emponderar dessa violência. Nós sabemos que existe o ciclo da violência que parte da questão da tensão, vai a agressões físicas e termina na ‘lua de mel’, que é o tudo bem, eu vou mudar. E a mulher tem essa vontade de permanecer com o companheiro na esperança que ele mude. Essa reincidência, esse retorno ao agressor é também uma dependência efetiva e muitas vezes financeira. Muitas mulheres não têm como manter os seus filhos e ficam nesse ciclo de violência”, explica a coordenadora.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Bento Gonçalves, RS
15°
Tempo nublado
Mín. 12° Máx. 26°
15° Sensação
1.79 km/h Vento
90% Umidade
100% (7.98mm) Chance chuva
07h04 Nascer do sol
07h04 Pôr do sol
Terça
17° 13°
Quarta
13° 10°
Quinta
15°
Sexta
21°
Sábado
° °
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,67 +0,00%
Euro
R$ 6,33 +0,00%
Peso Argentino
R$ 0,00 +0,00%
Bitcoin
R$ 625,492,61 +0,47%
Ibovespa
139,187,39 pts -0.11%
Enquete
Nenhuma enquete cadastrada