Um repasse de R$ 6,7 milhões para a conclusão de 3.951 unidades habitacionais em Campo Bom, Gravataí, Nova Santa Rita, Pelotas, Porto Alegre, Rio Grande e Viamão será viabilizado pelo termo de acordo e compromisso que o governo do Estado assinou com a Caixa Econômica Federal (CEF) nesta sexta-feira (14/4).
As residências são provenientes do programa federal Minha Casa Minha Vida Entidades, modalidade em que as famílias estão organizadas de forma associativa em cooperativas e associações para a construção das casas.
No ano passado, o governo do Estado já havia repassado R$ 19,7 milhões à Caixa para a complementação do programa da União, porém, desse montante, o saldo de R$ 6,7 milhões ficou retido em função do sistema de pagamento do banco, que só deposita o valor após a medição, fiscalização e prestação de contas. O recurso de complementação será creditado e liberado integralmente na conta aberta em nome dos representantes.
“Como o programa foi descontinuado e as cooperativas estavam carentes de recursos financeiros para concluir as obras, o governador Eduardo Leite não tomou outra atitude senão a mais correta, que era se sensibilizar com a situação das famílias e buscar uma solução. Então, nós fizemos esse acordo com a Caixa para antecipar e aportar imediatamente o valor que restava a pagar”, explicou o secretário de Habitação e Regularização Fundiária, Fabricio Peruchin. “Nós trabalhamos para aqueles que são os grandes protagonistas: as cooperativas. Política habitacional é de primeira ordem, pois isso é, mais do que o exercício da cidadania, dignidade.”
No total, 18 empreendimentos de cooperativas habitacionais receberão os recursos, em sete municípios. A Caixa fica responsável pelo acompanhamento das obras, fazendo as medições e atestando o cumprimento do cronograma físico-financeiro, cabendo ao Estado a comprovação correta dos recursos referentes à complementação. O Minha Casa Minha Vida Entidades abrange famílias classificadas na faixa 1, com renda mensal de até R$ 2.640.
Conforme o coordenador do fórum que reúne as cooperativas habitacionais no Rio Grande do Sul, Gilmar Ávila, nessa modalidade, as famílias não só são beneficiárias como também participam de todo o processo de execução da obra. “Os empreendimentos concluídos têm menos inadimplência, e a evasão e a construção têm mais qualidade”, observou.
Para o superintendente de rede da CEF, Ricardo Troglio, essa alternativa legal, que foi pensada em conjunto, agilizará o momento mais importante, que é a entrega das chaves. “Quase todos os empreendimentos estão praticamente finalizados, com percentual de 98% de conclusão, e só faltava esse recurso para terminá-los”, lembrou.
Representando os municípios beneficiados, o prefeito de Campo Bom, Luciano Orsi, recentemente eleito presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), reconheceu o esforço do governo e da secretaria. “O governo esteve sempre disposto, chamando para o debate e participação coletiva, e é isso que precisamos”, disse.
Campo Bom (314 casas)
Gravataí (50 casas)
Nova Santa Rita (179 casas)
Pelotas (238 casas)
Porto Alegre (890 casas)
Rio Grande (1.434 casas)
Viamão (846 casas)
Texto: Nathalie Sulzbach/Ascom Sehab
Edição: Vitor Necchi/Secom