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Servidores do estado vão receber apenas R$ 650,00

Anúncio do parcelamento foi feito pelo secretário estadual da Fazenda, Giovani Feltes, na manhã desta quinta-feira.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Divulgação
15/12/2018 às 21h01
Servidores do estado vão receber apenas R$ 650,00
Divulgação

O governo do Estado divulgou, nesta quinta-feira, 28, o calendário de pagamento da folha salarial dos servidores vinculados ao Poder Executivo referente ao mês de julho. Uma combinação de fatores acentuou os problemas financeiros nos últimos 30 dias, a começar pela queda na arrecadação ao redor de R$ 109 milhões, a impossibilidade de socorrer-se do saldo dos depósitos judiciais como nas outras vezes, contas pendentes de meses anteriores e o crescimento das despesas de custeio. Contando com pouco mais de R$ 232 milhões em caixa, a Secretaria da Fazenda terá condições de creditar R$ 650,00 líquidos para cada um dos 343 mil vínculos. A expectativa é complementar as demais faixas do salário até o próximo dia 19 de agosto. 

De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Giovani Feltes, receita líquida fechou julho em R$ 2,14 bilhões, ao passo que o mês passado havia registrado R$ 2,25 bilhões. Apenas nos repasses federais, o tombo foi de 46% na comparação ao período anterior. A queda do FPE (Fundo de Participação dos Estados) foi de quase R$ 41 milhões e das compensações da Lei Kandir chegou a R$ 43 milhões. Outras fontes de arrecadação, como os recursos vinculados ao Fundeb e o próprio IPVA, igualmente tiveram queda de um mês para o outro. O único item que teve desempenho positivo foi o ICMS: saltou de R$ 1,40 bilhão em junho, para R$ 1,50 bilhão neste mês. 

O crescimento líquido em R$ 109 milhões do principal imposto estadual, no entanto, foi insuficiente para fazer frente ao volume das despesas que ficaram pendentes e que vêm se acumulando. Agora em julho, o Tesouro precisou dispor de R$ 292,1 milhões para quitar a folha de junho, R$ 45 milhões para o pagamento da parcela semestral da dívida externa e de R$ 41,4 milhões para a primeira das 24 parcelas do acordo da dívida com a União sobre o período em que o Estado deixou de pagar o serviço mensal por conta da liminar do STF (Supremo Tribunal Federal). Outros R$ 45 milhões foram repassados para o pagamento de parte do reajuste retroativo dos salários dos servidores dos outros Poderes e órgão de Estado. 

Outros fatores igualmente agravaram o fluxo financeiro neste mês. O principal deles está no saldo disponível nos depósitos judiciais. Na virada do mês passado, a Fazenda recorreu a R$ 105 milhões de um saldo de R$ 202 milhões para pagar as primeiras parcelas do salário. Mas agora a margem para saque ficou em R$ 50 milhões, pois o saldo é considerado como limite mínimo para garantir o pagamento das decisões judiciais. 

Diante deste cenário, a falta de recursos em caixa está calculada em R$ 764 milhões no último dia útil do mês, o que impossibilitada pagar o valor líquido dos salários da administração direta, que chegou a R$ 996 milhões. A folha completa do Executivo fechou o mês em R$ 1,424 bilhão, considerando também os vencimentos das fundações e autarquias, assim como os compromissos do Tesouro com as consignações e os tributos sobre a folha. 

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