Bento Gonçalves acaba de ganhar uma representante da causa feminina em nível nacional. A advogada Bruna Marin Rossatto foi convidada para ser a presidente do movimento suprapartidário Virada Feminina na última quinta-feira, 30 de março, durante a sessão legislativa na Câmara de Vereadores de São Paulo. A mesma, juntamente com outras representantes estaduais da entidade, estavam sendo homenageadas pelas suas atuações nas regiões, quando Bruna foi surpreendida pelo pedido, o qual aceitou com muita alegria.
O Virada Feminina é um movimento suprapartidário de abrangência nacional e internacional fundado em São Paulo há aproximadamente seis anos, tendo tido como presidência, até quinta-feira, 30, uma de suas fundadoras, a Senhora Martha Livia Suplicy. A entidade tem como objetivo o empoderamento feminino sob diversas atuações e áreas de interesse. "No nosso rol de associadas temos mulheres, homens e entidades com e sem fins lucrativos que trabalham de forma conjunta para atingirmos os fins da instituição", destaca a advogada Bruna Marin Rossatto.
Bruna começou a atuar no Virada Feminina em dezembro de 2020, quando a mesma foi convidada pela presidente Martha para criar uma sede da entidade na Serra Gaúcha. "Após organização da minha diretoria, em março de 2021 iniciamos os trabalhos com o protocolo conjunto de uma legislação contra o Machismo na Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves através do Vereador David Da Rold (PP). Depois disso realizamos diversas atividades entre elas palestras, cursos, a Feira das Empreendedoras (três edições), sala de amamentação na Tramontina e na Prefeitura de Garibaldi e outras legislações nos municípios da Serra Gaúcha, todas relacionadas ao direito das Mulheres. Através da liderança nacional, estive reunida com diversos Ministros do Governo Federal para o encaminhamento de demandas regionais e nacionais em prol das Mulheres, Autistas, trabalhadores e vinícolas", explica Rossatto.
Uma das ações recentes do Virada na cidade foi a inauguração da sede de eventos em Bento Gonçalves, a "Casa da Virada Feminina", que fica situada na rua Júlio de Castilhos, 171, Centro. Além disso, lançaram o Projeto "Costurando a Virada", juntamente com o Conselho Penitenciário da Comunidade da cidade, que consiste no curso de corte e costura ministrado pela associada, Carina Trevisan Cortes. "Esse projeto visa ensinar as detentas uma nova profissão, bem como auxiliar na redução da pena. Também com esse trabalho, as apenadas serão responsáveis pela confecção e reformas dos uniformes do Presidio Estadual de Bento Gonçalves. Uma união que beneficia a todos", frisa a advogada Bruna Marin.
E o convite para ser presidente da Virada Feminina em nível nacional foi uma surpresa, mas que aceitou na hora. "Fui homenageada durante a sessão legislativa na Câmara de Vereadores de São Paulo pela atuação no Virada Feminina na Serra e logo após, fui surpreendida com o convite da Presidente Martha para presidir o Instituto nacionalmente. Aceitei de pronto essa imensa responsabilidade e me comprometi a dar sequência ao trabalho de excelência que vem sendo realizado por tantas Mulheres sob a gerência da nossa agora, presidente internacional, Martha Livia Suplicy", celebra Bruna. O momento do convite e homenagens pode ser conferido aqui: https://www.youtube.com/live/HRCSRF020js?feature=share
Agora com o novo cargo, a advogada responderá pelas atividades do Virada em nível nacional. "A minha atuação agora será responder pelas nossas atividades por todo o Brasil, seja ações específicas nas cidades em que possuímos núcleos, seja em Brasília atuando fortemente na construção das políticas públicas. Temos alguns eventos já agendados na cidade de São Paulo e internacionais (na Itália e Dubai) em parceria com as Embaixadas Brasileiras, cujas organizações já iniciamos na noite de quinta-feira, logo após a posse como Presidente", conta a atual presidente nacional do Virada Feminina.
Bruna também frisa que com essa posição, buscará trazer melhorias para a vida das mulheres gaúchas, além de fomentar a representação política feminina em Bento Gonçalves. "Nossa rede de associadas nacionalmente é de excelência e possuímos diversos projetos em andamento que já me foram entregues e disponibilizados para realizarmos na nossa região. A partir de agora vou analisar todos eles e verificar quais são apropriados para a nossa realidade, mas já adianto que meu desejo é trazer nossa coordenadora nacional de Mulheres na Política para fomentarmos a participação feminina em Bento Gonçalves, já que não termos nenhuma eleita há duas legislaturas é uma vergonha que precisamos mudar para o próximo ano. Também já tenho reunião agendada com a Diretora de Políticas Públicas para Mulheres do RS, Tabata Amaral, para apresentarmos alguns projetos que são realizados com muito sucesso em São Paulo no campo da violência doméstica para que sejam realizados a nível estadual", esclarece Rossatto.
A advogada e agora atual presidente nacional do Virada Feminina, destaca qual é o seu sentimento com o novo cargo e os próximos projetos da entidade daqui para frente. "Eu comemoro cada conquista de espaço de fala às Mulheres e o Virada Feminina possui muito respeito das autoridades nacionais e internacionais, o que nos abre muitas possibilidades. Nosso lema é "Saindo da Discussão e Partindo para a Ação" e um dos pontos chaves deste ano no evento de agosto, que será em São Paulo chamado Virada 24hs, será uma carta de intenções acompanhada de uma proposta legislativa de modificação penal. Não é admissível que tenhamos uma das melhores leis protetivas de Mulheres do Mundo, a Lei Maria da Penha, mas que os números de violência contra as Mulheres venham aumentando ano após ano. É preciso que a lei seja mais efetiva no dia a dia das Mulheres e é isso que vamos apresentar como modificação da lei penal," salienta Bruna Marin.
Bruna também aproveita para convidar a população a fazer parte do Virada Feminina. "Aproveito para convocar a todas as Mulheres, Homens e entidades que efetivamente querem uma sociedade sem violência e com oportunidades equânimes para as Mulheres para virem integrar o grupo de associadas e participar efetivamente da criação de políticas públicas, da sugestão de modificação legislativa, ou mesmo dos projetos sociais somado aos cursos de capacitação oferecidos e benefícios como descontos em parceiros. Estamos esperando todos para mudarmos a realidade e tornarmos nosso país um local mais justo e sem violência para as Mulheres", finaliza Bruna Marin Rossatto.