Segue em andamento e tendo desdobramentos os casos análogos à escravidão que teve 207 trabalhadores resgatados em Bento Gonçalves. O Ministério Público do Trabalho solicitou o bloqueio de bens de Pedro Oliveira Santana, de 45 anos, empresário responsável por trazer a maioria dos trabalhadores da Bahia para atuarem na safra da uva em Bento. Ele é o diretor administrativo da Fênix Serviços Administrativos e Apoio à Gestão de Saúde LTDA, responsável direta pelos fatos ocorridos na Capital do Vinho.
Segundo a procuradora Franciele Dambrós, que está a frente do caso, ainda não houve acordo entre o MPT e o empresário. O pedido de bloqueio é referente a imóveis, veículos e contas bancárias. O objetivo da ação é assegurar valores para trabalhadores resgatados e também para reparar os danos coletivos sofridos pelos 207 trabalhadores. A procuradora destaca ainda que há uma confusão sobre o patrimônio de Pedro Santana. Algumas empresas não estão em seu nome, mas são todas geridas por ele. A suspeita é de que o empresário tenha utilizado laranjas para assumirem a responsabilidade das empresas em caso de algum problema.
Nesta quinta-feira, 9 de março, o Ministério Público terá mais uma audiência com os representantes das vinícolas Aurora, Garibaldi e Salton. A procuradora acredita que não haverá problemas de conciliação com as empresas, pois elas já estão sinalizando essa possibilidade nas duas primeiras audiências realizadas.