A diretoria do Clube Esportivo resolveu fazer uma aposta no comando técnico do clube para a disputa da Divisão de Acesso 2019. No ano de seu centenário, o Alviazul, terá Carlos Moraes como treinador. Para quem não conhece, Moraes treinou a equipe do Grêmio Bagé neste ano no Acesso, mas não está entre os chamados técnicos de grife que o torcedor esperava para o ano do centenário.
Carlos Moraes tem 43 anos e chega ao Esportivo para conduzir e auxiliar na formação do grupo que disputará a Divisão de Acesso 2019. Colecionando passagens por diversos clubes gaúchos, é formado em Educação Física pela UFRGS e teve boa parte de sua experiência como técnico no Internacional, onde permaneceu por 12 anos nas categorias de base. Moraes soma quatro anos de experiência na base do Juventude - nessa passagem, destaque para o título gaúcho na categoria júnior pelo time caxiense, quando revelou nomes como Alex Telles, Ramiro e Bressan, todos negociados com o Grêmio e, posteriormente, com clubes do exterior. Além disso, tem vivência de um ano na base do Sport Recife.
Em 2013, iniciou sua trajetória como treinador efetivo, comandando times profissionais. quando comandou o Pelotas. Em 2014, se destacou por tirar o São Gabriel da Terceirona. A boa campanha o levou para o Glória de Vacaria, em 2015. Lá, chegou até o quadrangular final da Divisão de Acesso, mas o time não subiu. No ano seguinte, também levou o Brasil de Farroupilha para a mesma fase. Em 2017, comandou o Ypiranga, de Erechim, por quatro jogos no Gauchão e, novamente, o Brasil. Na temporada deste ano, esteve a frente do Grêmio Bagé, permanecendo até o final da Divisão de Acesso deste ano, que não conseguiu chegar à fase decisiva do campeonato. Por estas credenciais, podemos considerar Moraes, como um treinador de aposta, mas ainda não uma realidade definida.
Com o conhecimento de anos atuando na Divisão de Acesso, Moraes percebe de forma clara e permanente a evolução no nível da competição – o que aumenta o desafio frente ao Alviazul. “Há tempos, a Divisão de Acesso era conhecida pela pouca qualidade dos jogos, campos ruins e outros pontos negativos. Hoje temos uma configuração diferente: os clubes estão formando grupos de qualidade, o nível dos treinadores também sofreu uma mudança considerável com todos buscando mais conhecimento. Principalmente, houve a conscientização da importância de jogar essa competição, tanto por parte dos clubes, dos atletas e comissões técnicas, quanto da Federação. Isso tudo faz com que o nível tenha se modificado, para melhor”, enfatiza.
Para driblar esse elevado grau de competitividade, Moraes aposta naquela que é uma das marcas de sua atuação: a forma de trabalho combinado. Nessa filosofia, as partes física, tática e técnica são integradas, simulando situações de jogo. “No que diz respeito a esquema tático, meu preferido é o 4-2-3-1, o mais utilizado hoje nos grandes times, mas, claro, deve-se levar em consideração as características do grupo de jogadores à disposição, podendo variar de acordo com a necessidade”, adianta.
Recolocar o Esportivo na Elite do Gauchão no ano do Centenário é o grande desafio
O desafio de recolocar o Esportivo na elite do futebol gaúcho vem com um estímulo extra para Moraes – concretizar essa tão almejada conquista no ano em que o clube comemora seu centenário de fundação. “É uma satisfação muito grande e minha expectativa é a melhor possível. Nós, que atuamos na área, sabemos que o Esportivo é um clube que oferece toda estrutura de trabalho, aliado a uma grande tradição. Esses são elementos que fazem com que eu me sinta empolgado e honrado de fazer parte dessa data emblemática para o clube”, afirma.
Para o torcedor Alviazul, a mensagem é de otimismo: “Deixo meu total comprometimento com o trabalho e os bons resultados na temporada. Que possamos viver juntos um ano de vitórias emocionantes, com garra, que fiquem na história desse clube e na nossa memória para, assim, festejarmos o centenário como a torcida merece”, afirma Moraes.