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Jovem bento-gonçalvense explora o mundo através do montanhismo e da fotografia

Maria Eduarda Alberici Putton participou recentemente de uma expedição na Namíbia e já escalou diversas montanhas na América do Sul, documentando em fotos as suas aventuras.

Kevin Sganzerla
Por: Kevin Sganzerla Fonte: NB Notícias
20/12/2022 às 19h23 Atualizada em 20/12/2022 às 23h57
Jovem bento-gonçalvense explora o mundo através do montanhismo e da fotografia
Foto: Maria Alberici/Arquivo pessoal

Explorar novos lugares e retratá-los através de um olhar diferenciado para capturar imagens marcantes: é desta forma que a jovem bento-gonçalvense, Maria Eduarda Alberici Putton, alia a paixão pela fotografia e por aventuras, sobretudo por meio do montanhismo e de expedições. Com experiências no safari, na Amazônia e em montanhas pela América do Sul, a fotógrafa mescla em seus desafios a obtenção do autoconhecimento, o aperfeiçoamento do olhar para registrar momentos e, sobretudo, vivenciar experiências únicas para a sua vida.

A paixão por aventuras foi repassada de pai para filha. Quando criança, Maria acompanhava o seu pai, Eduardo Putton, em longas viagens e expedições. O apreço pelo montanhismo também surgiu de casa. “O meu pai sempre participou de vários esportes e sempre esteve muito ligado no meio da aventura, e isso foi sendo alimentado dentro de casa”, comenta.

Em algumas ocasiões, a família realizava viagens em lugares pouco frequentados por turistas, seja na neve ou no deserto, explorando diferentes regiões, sobretudo em solo argentino. Por conta das inúmeras viagens, Eduardo registrava suas aventuras em fotos. Maria, então, também adquiriu o apreço pela fotografia, uma vez que fez contato com as câmeras desde criança.

Maria e seu pai, Eduardo Putton, no Aconcágua / Maria no pico do Cerro Mercedário / Fotos: Maria Alberici/Arquivo pessoal

A sua primeira aventura no montanhismo foi no final do ano de 2019, no vulcão Villarrica, situado na Cordilheira dos Andes, no Chile. Com uma câmera profissional, Maria registrou o caminho percorrido pela sua família até o cume. “Ali começou realmente a minha vontade e tomei as minhas próprias iniciativas dentro da profissão e do esporte”, pondera.

Maria passou a praticar montanhismo também no Brasil, iniciando no rapel para conhecer as técnicas e como lidar com os equipamentos. Dentre as montanhas em que explorou estão a de Cerro Mercedário, que está entre as dez montanhas mais altas da América do Sul, participando de uma expedição ao lado de Henrique Franke, o gaúcho mais jovem a escalar o Monte Everest, e do vulcão Quehuar, com mais de seis mil metros de altitude. As experiências na Argentina a fizeram sonhar em, futuramente, encarar o pico mais alto do mundo.

“Desenvolvi uma vontade de fazer o Monte Everest nos próximos anos, mas para chegar nesse objetivo é preciso muito conhecimento e experiência. Quanto mais praticar montanhismo mais preparada eu estarei para subir essa montanha”, comenta.

Fotografia documental em expedições

Em sua trajetória na fotografia, Maria participou de expedições na Amazônia, onde já esteve em três ocasiões diferentes. “Na primeira vez fui com meu pai. Enquanto meus colegas viajavam para a Disney, eu, com oito ou nove anos de idade, explorava a selva amazônica”, relata. Na segunda oportunidade, Maria participou de uma expedição fotográfica ao lado de uma ambientalista e bióloga. “Voltei ano passado da Amazônia transformada”, comenta a jovem, que retornou em 2022 para realizar mais um trabalho fotográfico, desenvolvendo o interesse por questões que envolvem a biodiversidade.

Maria já participou de duas expedições na Floresta Amazônica / Foto: Maria Alberici/Arquivo pessoal

 

Além disso, também já explorou os Lençóis Maranhenses, a Chapada dos Veadeiros, Cafayate, na província de Salta, na Argentina, Patagônia, tanto em solo argentino como chileno, e algumas regiões dos Estados Unidos.

Em sua mais recente aventura, Maria fez parte de uma expedição para a Namíbia, no continente africano, ao lado do experiente fotógrafo paulista Léo Cavazzana, especializado em fotografia artística no safari. “Acompanhei ele há muito tempo, aprendi com ele muito e surgiu a oportunidade de embarcar com ele para conhecer a Namíbia. Não pensei duas vezes”, explica Maria, que complementa:

“Não esperava me surpreender tanto assim. Nunca tive o desejo como outros lugares de ir para um país africano ou para a Namíbia. Nem sabia que existia antes de o Léo ter me falado sobre. Fui de olhos fechados, mas de coração aberto para abraçar tudo que podia aprender lá e me surpreendi. Fazer o safari, conhecer uma nova cultura, um novo continente faz as pessoas voltarem outras”, ressalta a bento-gonçalvense.

Em sua primeira experiência em solo africano, Maria relata que conseguiu aperfeiçoar de forma significativa as técnicas de fotografia e o seu olhar. Ela conseguiu registrar diversos animais em uma reserva no safari, com uma experiência totalmente imersiva no ambiente. “Admirei ele por tanto tempo que embarcar em uma experiência super imersiva assim me surpreendeu. Quando acabei a expedição o coração ficou apertado por ter que separar e não conviver mais com ele. Pude absorver bastante conhecimento”, relata.

Registros de Maria na expedição na Namíbia / Foto: Maria Alberici/Arquivo pessoal

Conforme Maria, fotografar animais que não são comuns vê-los no Brasil e que não se tem a real dimensão de escala de tamanho fez com que a experiência se tornasse ainda mais única. No entanto, o seu trabalho não se resume a fotografar expedições e vivências. Ela também busca conhecimento sobre a biodiversidade para fomentar o cuidado com a natureza e o meio ambiente. “Sinto que preciso mostrar para as pessoas como cuidar de maneira correta”, enaltece Maria.

Com a experiência no montanhismo e nas expedições em que participou, Maria direciona o foco de sua fotografia para o caminho até chegar ao objetivo final, e não essencialmente apenas o resultado de suas aventuras.

“O que mais exploro na minha fotografia são os processos. Gosto de fotografar as coisas sendo feitas. Gosto de mostrar como algo é produzido, todas as etapas que fazem a gente chegar no resultado final. Isso aprendi muito escalando montanhas. Não chegamos ao cume de uma vez só. Temos um processo muito longo até chegar lá em cima e valorizo muito isso”, explica.

Registros de Maria na expedição na Namíbia / Foto: Maria Alberici/Arquivo pessoal

Sem realizar planejamentos futuros para novas aventuras, Maria opta por ser surpreendida pelas oportunidades que possam surgir para embarcar em novas expedições, seja para praticar montanhismo ou apenas para colocar em prática o seu olhar de fotógrafa para explorar e registrar momentos e histórias. “Vivo muito o que desejo e fotografo o que vivi. Sou uma contadora de histórias, tanto por meio de palavras como pela fotografia. Sou autora dos meus próprios sonhos”, destaca.

Para 2023, Maria tem a expectativa de que novas histórias possam ser contadas, seja em montanhas para explorar, expedições para fotografar ou vivências para documentar. 

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MaurícioHá 3 anos São PauloEu tive o prazer de conhecer a Maria numa expedição na selva Amazônica. Uma pessoa incrível atenciosa tira dúvidas sobre fotografia...
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