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História do Brasil passa por termo de posse, que Lula assina mais uma vez

No próximo dia 1º de janeiro, a assinatura do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e de seu vice, Geraldo Alckmin, devem estrear o terceiro ...

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Agência Senado
07/12/2022 às 16h30
História do Brasil passa por termo de posse, que Lula assina mais uma vez
Tancredo Neves, primeiro ministro de João Goulart, tem seu nome inscrito em termo de posse conjunto de 1961 - Senado Federal

No próximo dia 1º de janeiro, a assinatura do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e de seu vice, Geraldo Alckmin, devem estrear o terceiro volume do Livro Histórico de Posse Presidencial. Os livros guardam os termos de posse desde o início da República — o primeiro foi assinado em 1891 pelo Marechal Deodoro da Fonseca. O segundo, aberto para a assinatura de Café Filho, em 1954, registraria, em 2003 e 2007, as assinaturas de Lula e seu vice José Alencar.

O termo de posse é o registro formal de que o candidato eleito, de fato, assume a Presidência da República. Atualmente, os livros estão guardados no Arquivo do Senado Federal, e podem ser acessados on-line. Diogo Vieira, coordenador do Arquivo, explica que há muitos cuidados com a preservação desse acervo:

 Como são documentos de caráter permanente, os livros são manuseados apenas nos períodos de posse: de quatro em quatro anos. Além disso, todo o acervo histórico é guardado sob monitoramento constante de temperatura e umidade. Há controle biométrico para acesso às salas dos acervos e câmeras de monitoramento.

No dia da posse, o livro é retirado do arquivo no momento da Sessão Solene e levado aos cuidados da Secretaria Legislativa do Congresso Nacional (SLCN), que é a responsável pela produção, elaboração e coleta das assinaturas do novo termo. Além do registro no livro histórico, a secretaria produz outros seis termos avulsos.

— A gente tem a via do Senado e outros termos que são enviados à Câmara dos Deputados, à Casa Civil, ao Supremo Tribunal Federal, ao Arquivo Nacional e à Biblioteca Nacional. Somos responsáveis por toda essa documentação e por recolher todas as assinaturas— explica Roberta Lys, diretora da SLCN.

História Contada

Todos os presidentes e vices devem assinar o livro dos Termos de Posse Presidencial. Pode-se observar, porém, que as assinaturas que não foram registradas no livro, ou aquelas que foram feitas em períodos inesperados, mostram um pouco da história política do Brasil.

Um exemplo é a ausência da assinatura de Tancredo Neves como presidente. O político mineiro assinou o livro como primeiro-ministro do governo de João Goulart. Vinte e quatro anos depois, quando eleito presidente, faleceu antes da posse e quem assinou foi seu vice, José Sarney. 

Outra marca significativa na história do Brasil está no registro do livro nos anos 30, ou na ausência desse registro. O período de 1930 a 1934 não aparece nas páginas, pois o presidente eleito na época, Julio Prestes, não chegou a tomar posse. Getúlio Vargas, que assumiu o governo, só assinou em 1934 quando foi empossado pela Assembleia Nacional Constituinte.

Assinaturas fora do tempo protocolar também sinalizam um reflexo de movimentação política no país. Prova disso é o registro de Itamar Franco, meses depois da assinatura de Fernando Collor, e o de Michel Temer, entre os governos de Dilma Roussef e Jair Bolsonaro.

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