O vereador Valdecir Rubbo (PTB) falou pela primeira vez em público após a denúncia feita pelo Ministério Público, que o acusou de ser o principal articulador da fraude do concurso da Câmara de Vereadores. O parlamentar afirma que foi execrado publicamente pela Promotoria, que teria feito a denúncia de forma unilateral.
Esta foi a primeira sessão ordinária que Valdecir Rubbo participou desde que renunciou à presidência da Câmara. Ele ocupou a tribuna para explicar a sua versão dos fatos em relação à denúncia feita pelo Ministério Público. Rubbo afirmou que não entendeu o ato da Promotoria, pois sempre teria colaborado com os promotores em tudo o que tinha sido solicitado. O ex-presidente do Legislativo afirmou que só soube das informações do inquérito pela imprensa. "Não entendi porque o Ministério Público decidiu me execrar publicamente, sem que pelo menos eu pudesse me defender. Este inquérito foi concluído de forma unilateral, baseado apenas na delação premiada de uma pessoa presa", destacou o vereador.
Valdecir Rubbo afirmou que a Promotoria agiu de forma apressada, condenando-o publicamente. "O Ministério Público não poderia me condenar de forma antecipada, sem me dar o direito de ampla defesa. Nem ao menos fui ouvido pelos promotores neste caso. O que eles poderiam fazer era pedir a minha condenação. O que existe apenas é um inquérito com uma denúncia, que ainda precisa ser recebida e apreciada pela justiça", ponderou o presidente.
O ex-presidente do Legislativo destacou que decidiu renunciar ao cargo na Câmara para evitar prejuízos de imagem à Mesa Diretora da Casa, bem como aos funcionários e colegas vereadores. "Condenar uma pessoa publicamente só pode ser feita após uma sentença transitada em julgado. Estou de consciência limpa e não fugirei das minhas responsabilidades para descobrir a verdade. Enquanto isso, poderei me dedicar a fazer o trabalho de vereador, para o qual fui eleito", finalizou Rubbo.