No início do mês de junho, foi divulgado que a empresa responsável pela ampliação da Escola Municipal Alfredo Aveline havia abandonado a obra inacabada, mas não de mãos vazias, levando cerca de R$ 118 mil pela abertura de um buraco. A Prefeitura na mesma semana abriu um novo edital para contratar outra empresa, porém, no dia 23 de junho, lançou no Diário Oficial um comunicado suspendendo o pedido e não só da obra do Aveline, mas também da Escola Anselmo Luigi Piccoli. Então, o que aconteceu?
A ampliação na escola Alfredo Aveline custaria aos cofres públicos cerca de R$ 3.436.578,32 – sendo que R$ 188,7 mil já foram depositados para a empresa registrada como FRO Engenharia, de Porto Alegre, “apenas” para abrir uma cratera no espaço do educandário – e contaria com as reformas do bloco e instalação de novas salas de aula, construção de um auditório para 160 pessoas, dois novos banheiros feminino e masculino, além da obra do parquinho, remodelando e o tornando maior, entre outras melhorias.
Já a do Anselmo, R$ 3.158.511,61 - qual não chegou a ser iniciada - seria realizada uma reforma nos espaços já existentes (como a cozinha, refeitório e sanitários, e também a revitalização do parque infantil, quadra de esportes e entrada da escola), além de uma ampliação com a construção de um novo bloco com salas de aula, parte administrativa (direção, sala de professores, supervisão pedagógica, orientação educacional e secretaria), sala de recursos multifuncional, sala de informática, biblioteca e sanitários, que permitiriam a abertura de 100 novas vagas do Jardim A ao 9º ano, para crianças a partir de 4 anos de idade.
Contudo, a Prefeitura resolveu suspender os editais no dia 23 de junho para revisão dos orçamentos. De acordo com a assessoria de comunicação do governo municipal, o IPURB está revisando a planilha orçamentária das duas obras e posteriormente será aberto novamente o edital. Entretanto, não foi divulgado quando isso irá ocorrer.
E mais uma questão envolvendo esse valor já entregue à construtora gera um mistério. Na semana do “sumiço” da empresa, a Secretaria de Finanças publicou um edital no Diário Oficial Eletrônico declarando que tramitou no departamento o processo de Inexecução Contratual nº 2.606/2022 e informando que o representante legal da empresa, Felipe Ricco de Oliveira, tinha dez dias para apresentar sua defesa ao processo administrativo. Porém, até hoje a Prefeitura aguarda um retorno.