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Após pressão política, presidente da Petrobras pede demissão do cargo

José Mauro Coelho também renunciou ao cargo de membro do Conselho de Administração da estatal.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Agência Brasil
20/06/2022 às 11h05 Atualizada em 20/06/2022 às 17h35
Após pressão política, presidente da Petrobras pede demissão do cargo
Coelho ficou no cargo de presidente da Petrobras por apenas 66 dias - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Após uma intensa pressão política no final de semana, após mais um reajuste no preço da gasolina e do diesel, José Mauro Coelho pediu demissão do cargo de presidente da Petrobras. Ele também renunciou ao cargo de membro do Conselho de Administração da estatal na manhã desta segunda-feira, 20 de junho.

De acordo com a nota emitida pela estatal, a nomeação de um presidente interino será examinada pelo Conselho de Administração da Petrobras a partir de agora. No dia 23 de maio, o Ministério de Minas e Energia informou que o governo federal, como acionista controlador da Petrobras, tinha decidido pela troca do presidente da estatal . À época, o governo anunciou que José Mauro Coelho, que assumiu o cargo no dia 14 de abril, seria substituído por Caio Mário Paes de Andrade.  Agora Andrade terá sua posse acelerada, mas ainda dependendo do aval do Conselho de Administração da Petrobras. Ele será o quarto presidente da estatal em menos de quatro anos.

O primeiro a assumir a estatal no governo de Jair Bolsonaro foi o economista Roberto Castello Branco, indicado logo após as eleições de 2018 e permaneceu até fevereiro de 2021. No seu lugar entrou o general Joaquim Silva e Luna. O militar tomou posse no cargo em abril de 2021 e permaneceu até março deste ano. 

Pressão sobre a estatal

O novo aumento tem repercutido em diferentes instâncias de poder. Entre ameaças do presidente Jair Bolsonaro de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a atuação da empresa, mobilização de deputados para protocolar um requerimento de urgência para um projeto de lei que cria um fundo de estabilização dos valores dos combustíveis e o pedido do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), de que a estatal explique os critérios adotados em sua política de preços, a pressão sobre a Petrobras aumentou nos últimos dois dias.

Interino já está à frente da Petrobras

A Petrobras será comandada, interinamente, pelo atual diretor executivo de Exploração e Produção da companhia, Fernando Borges. Conforme comunicado da Petrobras protocolado junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Borges ficará no comando da companhia até que seja eleito e empossado um novo presidente na estatal.

Fernando Borges - Diretor Executivo de Exploração e Produção da Petrobras — Foto: Alaor Filho / Agência Petrobras

Funcionário de carreira, Fernando Borges trabalha na Petrobras há quase 40 anos, tendo ocupado diversas funções gerenciais na área de Exploração e Produção, incluindo a Gerência Executiva de Libra e a Gerência Executiva de Relacionamento Externo. Entre 2016 e março de 2020, Borges também atuou como Diretor no Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) e desde abril de 2016 exerce, por indicação da Petrobras, a função de Diretor da Associação Brasileira de Empresas de Exploração e Produção de Petróleo e Gás (ABEP).

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