O Ministério Público não perdeu tempo para iniciar as investigações sobre uma suposta compra de emendas junto a vereadores para mudar o Plano Diretor. A gravação onde o vereador Gustavo Sperotto (DEM) afirma que ele e mais seis parlamentares receberam a oferta de R$ 40 mil para a colocação de uma emenda que permitia a construção de prédios nos bairros Planalto e São Bento foi confirmada na manhã desta segunda-feira, 14, e o parlamentar foi intimado para dar explicações à Promotoria já nesta terça-feira, 15. Ele será ouvido a partir das 9h.
Gustavo Sperotto recebeu a intimação na tarde desta segunda-feira, 14, para prestar esclarecimentos sobre uma gravação onde ele relata a oferta de R$ 40 mil feita por um grupo imobiliário para que fosse colocada uma emenda ao Plano Diretor. A emenda 165 sugere a alteração da altura de dois para seis pavimentos, podendo ter ainda mais dois pavimentos. O documento é assinado por seis vereadores.
Os promotores Alécio Nogueiro e Elcio Resmini Meneses, que já investiga as alterações no Plano Diretor em outro inquérito, querem saber de Sperotto o que ele tem a dizer sobre este suposto esquema de compra de emendas parlamentares, quem são os seis parlamentares que teriam aceito os R$ 40 mil oferecidos pelo grupo imobiliário, e onde foi realizada a reunião e como foi feito o acordo para o pagamento dos valores.
Mais um inquérito pode ser aberto
Além da suposta compra de emendas, o promotor Alécio Nogueira vai querer explicações do vereador Gustavo Sperotto sobre um outro caso que aparece na gravação. Segundo Nogueira, no áudio, o parlamentar do Democratas afirma que o prefeito Guilherme Pasin nomeou dois CCs na Secretaria Municipal de Esportes que não estão trabalhando. No caso, seriam funcionários fantasmas. Na gravação, o parlamentar revela que fez um cálculo de que o Executivo Municipal gastaria cerca de R$ 500 mil por ano com CCs que não prestam serviço ao poder público. "O vereador Sperotto precisa esclarecer esta situação e pontuar onde isso acontece. Caso suas informações tenham fundamento, abriremos um novo inquérito civil para investigar esta questão", revela o promotor.
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