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Legado da Fiema Brasil mostra que podemos fazer muito pela preservação ambiental

Perto de 8 mil pessoas acompanharam os três dias de programação da feira de negócios, tecnologia e conhecimento em meio ambiente.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Ana Cris Paulus/Divulgação
15/12/2018 às 21h02
Legado da Fiema Brasil mostra que podemos fazer muito pela preservação ambiental
Marcelo Dargelio

Intangível e exponencial, o legado da FIEMA Brasil 2018 versa, principalmente, no despertar de ideias que renovam a percepção da sociedade acerca da gestão ambiental. A Feira de Negócios, Tecnologia e Conhecimento em meio ambiente encerrou sua oitava edição, realizada entre os dias 10 e 12 de abril no Parque de Eventos de Bento Gonçalves, com um saldo de incontáveis soluções exibidas por cerca de 100 empresas expositoras e novos conceitos abordados em mais de 50 palestras técnicas que ocorreram no período. Foram mais de 7,6 mil pessoas, entre visitantes profissionais, acadêmicos e lideranças setoriais que participaram da programação. 

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Transpondo um cenário de adversidades para sua realização – comum a boa parte das feiras de negócios, em razão da recessão econômica enfrentada pelo país em 2017 – a FIEMA Brasil 2018 tem a marca da superação. “Dedicamos muito trabalho nos preparativos e, graças a esse envolvimento, conseguimos oferecer aos expositores e visitantes um encontro de alto padrão. Foi uma feira inspiradora, tanto para o aperfeiçoamento dos já existentes quanto para a geração de oportunidades de novos negócios”, avaliou o presidente da oitava edição, Jones Favretto.

Essa contribuição tende a gerar retornos positivos a longo prazo para a sociedade, uma vez que está diretamente ligada a disruptura de conceitos e paradigmas. “A FIEMA Brasil 2018 foi uma feira de ideias. Cada participante foi impactado por uma série de novas informações, possibilidades e descobertas que vão se propagar de forma exponencial pela sociedade. Sua realização foi, mais uma vez, fundamental na missão empreendedora de consolidar o polo ambiental no Rio Grande do Sul. Esse legado é imensurável”, diz Neri Basso, presidente da Fundação Proamb, entidade promotora do encontro.

A FIEMA Brasil tem sua nona edição confirmada para ocorrer em 2020, de 14 a 16 de abril.

Fiema propõe comissão para transformar resíduos em desenvolvimento

O inédito painel que encerrou a divisão voltada ao conhecimento na Fiema, na tarde de quinta-feira (12), trouxe um ambicioso plano envolvendo uma comissão multidisciplinar para transformar resíduos em oportunidades de desenvolvimento social, econômico e ambiental no Rio Grande do Sul. 

Números apresentados no 1º Seminário Internacional de Resíduos Industriais e Urbanos, baseados no Plano Estadual de Resíduos Sólidos elaborado pelo Governo do Estado, mostram que, anualmente, o RS produz 275 milhões de quilos de resíduos. "Nós precisaríamos apenas 14% disso para gerar energia elétrica suficiente para abastecer a demanda do Estado", disse Francisco Leme, diretor do seminário.

O melhor é que esta tecnologia (coprocessamento) está disponível no país e, portanto, o Estado - assim como o pais - tem uma grande oportunidade para desenvolver uma nova cadeia de negócios sustentável. "Queremos fazer do Rio Grande do Sul um exemplo para todo o país", anunciou Leme.

Atualmente, 75,7% dos municípios gaúchos enviam seus resíduos sólidos urbanos para aterros sanitários e outros 4,6% para aterros controlados - os outros quase 20% não há informação. Hoje, o mundo produz, anualmente, 2 bilhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos, sendo apenas 4% utilizados como forma de energia. 

A comissão apresentada pela Fundação Proamb, promotora da Fiema, durante o seminário ainda é integrada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual do Desenvolvimento e Ambiente Sustentável (Sema), do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), do Ministério Público Estadual, de consultores e de representantes de Portugal e Finlândia. 

Os dois países também apresentaram seus cases durante o encontro e participaram da primeira reunião da comissão, ocorrida logo após o encerramento das palestras. Em Portugal, os lixões foram erradicados em 20 anos, e essas áreas foram recuperadas. Já a Finlândia é referência no desenvolvimento de tecnologias integradas de recuperação energética e controle de emissões de resíduos sólidos. O país recicla ou transforma em energia 97% de seus resíduos urbanos.

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Compromisso de líderes e comportamento são fundamentais para garantir segurança no trabalho

Diariamente, o ser humano costuma tomar 35 mil decisões, segundo um cálculo da DuPont, referência mundial em implantação de sistemas de gestão de Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA). Quantas delas envolvem riscos desnecessários? 

A pergunta foi uma das tantas que o administrador e especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho da empresa, Roberto Sarli Júnior, empreendeu aos participantes do 5º Seminário de Segurança do Trabalho, no último dia da Fiema Brasil.

Numa palestra em que a reflexão e a dinâmica estiveram presentes, Sarli disse que, para obter sucesso na prevenção de acidentes numa empresa, é impreterível o comprometimento do "número um" da organização, além de um comportamento do funcionário que afaste os riscos de acidente. "96% dos acidentes graves acontecem por causa de comportamento", disse. "E o mau comportamento causa até 5 vezes mais custos para uma empresa".

Para evitar isso, é necessário que a empresa tenha uma política de SSMA - "os funcionários conhecem essa bíblia, ela está assinada pelo número um da empresa?", indagou -, compromisso de lideranças - "se os funcionários não perceberem isso, não funciona".

Segundo Sarli, a segurança representa um bom negócio para as organizações porque ela se reflete em mais qualidade, produtividade, eficiência e ânimo dos funcionários. Mas, muitas vezes, isso só é percebido quando visto pelo viés financeiro. "Em muitos casos, a empresa não está olhando para o lado do ser humano, então a gente faz um cálculo do retorno financeiro dos acidentes que ela está tendo, aí começam a valorizar a segurança e olhar as pessoas", comenta Sarli, reforçando que a DuPont só se envolve em trabalhos com o comprometimento do CEO ou do presidente da organização.

Várias são as prerrogativas que o líder precisa desempenhar para que a segurança seja um case de sucesso numa empresa. Monitorar resultados, prover recursos, ser exemplo, promover feedbacks positivos e auditar e corrijir desvios estão entre elas. Análises de riscos, portanto, são vitais para afastar acidentes, assim como as investigações acerca de suas causas. Até a troca de fornecedor de determinado produto, ainda que seja o mesmo, precisa ser conferido. "A qualidade de um e de outro pode interferir", observa Sarli. "A investigação promove uma melhora contínua. A única coisa boa que se tira de um acidente é o aprendizado". Procedimentos claros e objetivos, sempre localizados em áreas de fácil visualização, também são importantes para saber como operar em situações que exigem a interferência do funcionário. "Eles devem ser simples e com no máximo uma folha frente e verso, mas é fundamental os funcionários estarem treinados, capacitados e motivados em relação aos procedimentos". 

O Programa de Treinamento de Segurança por Observação (STOP), cujo conteúdo foi apresentado na palestra de Sarli, é um dos mecanismos para o sistema de gestão oferecido pela DuPont. A ferramenta, não punitiva, é aplicada em três etapas - planejamento, capacitação e acompanhamento/coaching - e conta com cinco ciclos de observação - decidir, parar, observar, agir e elaborar relatórios.

CASE DE DESTAQUE:

Luminescence apresenta luminárias de LED de alta performance

Feira que gera oportunidades de negócios, a Fiema apresentou uma série de tecnologias para impulsionar as boas práticas ambientais - e trazer mais eficiência para quem aposta neste filão. A bento-gonçalvense Luminescence, por exemplo, expos luminárias em LED de alta qualidade, potência e durabilidade. São produtos que combinam eficácia em iluminação e economia energética, a partir de estudos luminotécnicos que concebem a melhor distribuição de luminosidade para espaços industriais e comerciais. "No mercado industrial, conseguimos substituir uma luminária de 400w e diminuir a potência para ter a mesma luminosidade para valores que vão entre 80w e 200w, dependendo da necessidade", diz o diretor da empresa, André De Bacco.  As peças têm sua parte eletrônica desenvolvida e montada na empresa - apenas os LEDs são importados e os dissipadores de calor são feitos fora -, o que inclui os reatores necessários para o funcionamento dos diodos emissores de luz. Com baixíssima manutenção, as luminárias têm estrutura de alumínio e recebem parafusos em inox, caixetas de silicone e pintura epóxi, cuidados no acabamento que trazem diferenciais também estéticos.


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