
Já está em andamento, nesta quinta-feira, dia 16, o Júri Popular que julga Natalino Basso, de 70 anos, da acusação do homicídio de Daniel Fleck Sanches, que tinha 33 anos em 2011, quando ocorreu o crime. A vítima foi assassinada na noite de 10 de julho daquele ano, na Linha Brasil, interior de Pinto Bandeira, com um tiro de espingarda calibre 36 no pescoço. O réu alega legítima defesa.
O júri ocorre no prédio da OAB e é comandado pela juíza Fernanda Ghiringhelli de Azevedo. A sentença deve ser proferida no final desta tarde.
Basso teria, após a morte de Sanches, tentado ocultar o corpo do homem, que era sobrinho de sua companheira. O acusado foi localizado somente no dia seguinte, escondido em sua propriedade, embriagado e com alguns pertences, o que poderia indicar intenção de fuga. O cadáver de Sanches estava em uma área a cerca de 10 quilômetros da cena do crime.
Em depoimento de Basso durante a fase processual, ele afirmou que o crime teve origem em uma discussão após um acidente de trânsito em que Sanches dirigia o veículo e acabou ferindo a tia. Segundo ele, enquanto argumentava que Sanches deveria ter mais cuidado, o rapaz fez menção de estar armado e alterado durante a conversa. Depois do disparo, ele teria transportado o corpo em sua caminhonete, para as proximidades de uma gruta, onde foi encontrado também no dia seguinte. O acusado ainda teria lavado o local do crime e o carro em que transportou o cadáver.
Embora o delegado responsável pelo caso tenha solicitado a prisão preventiva durante o processo, ela não foi deferida pela Justiça e Basso permaneceu em liberdade nos últimos cinco anos.