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Pandemia de Covid atrasa diagnósticos de melanoma

O melanoma é o mais agressivo e potencialmente letal tumor de pele

01/12/2021 às 10h08
Por: Marcelo Dargelio
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(Reprodução)
(Reprodução)

No mês de prevenção do Câncer de Pele, um cenário preocupante! A significativa diminuição dos diagnósticos por causa do isolamento social tem sido relatada em vários estudos. Pesquisa com dermatologistas de 36 países mostrou que que cerca de um quinto dos melanomas não foram diagnosticados em 2020. (Global Coalition for Melanoma Patient Advocacy).

O atraso no diagnóstico e muito preocupante, diz a Dra. Jane Mattei. A oncologista acaba de concluir uma especialização (fellowship) de 2 anos no Programa Melanoma MD Anderson Cancer Center (Texas-EUA) - maior centro de melanoma do mundo, onde são tratados mais de 10 mil pacientes ao ano. A médica gaúcha, que acaba de retornar ao país, atendeu cerca de 2 mil pacientes no período em que esteve na instituição, se tornando uma das maiores especialistas do Brasil na área.

A incidência de melanoma no mundo todo é alarmante. Nos EUA, estudos apontam que o número de casos entre adultos jovens cresceu 250% nas últimas quatro décadas, sendo as mulheres as mais afetadas. No Brasil, a estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) é de que, em 2020, foram registrados 8,5 mil novos casos de melanoma. No Rio Grande do Sul, os melanomas cutâneos mais que triplicaram nas mulheres e quase dobraram nos homens, em menos de 20 anos. 

O melanoma é o mais agressivo e potencialmente letal tumor de pele. A Dra. Jane diz que as novas terapias tem revolucionado dramaticamente o cenário dos pacientes com melanoma metastático e isso se deve, principalmente, a imunoterapia e as terapias-alvo. Com imunoterapia a sobrevida de cinco anos em pacientes com doença avançada é de cerca de 50%. O índice é de 10-15% para o tratamento com quimioterapia. A oncologista destaca um estudo publicado recentemente: após um acompanhamento de 6 anos e meio, 49% dos pacientes que usaram a combinação de imunoterapia estavam vivos e 77% desses livres da doença.

A imunoterapia, que surgiu há 10 anos nos EUA, se baseia em  medicamentos que  estimulam o sistema imunológico, ou seja, "tira os freios" do sistema imunológico e permite que as células imunológicas, chamadas células T, destruam as células cancerígenas. Especificamente bloqueiam a atividade de proteínas chamadas CTL-4 e PD-L1. Já as terapias-alvo inibem componentes específicos que contribuem para o crescimento e sobrevivência das células tumorais. 

Essas terapias não são somente usadas quando a doença está em outros órgãos. Dra. Jane explica que são aplicadas também quando as células do melanoma saíram do local de origem e foram até os gânglios, o que chamamos de linfonodos. Isso potencialmente reduz as taxas de recidiva da doença. Últimas pesquisas divulgadas este mês mostram que a imunoterapia em alguns pacientes com melanoma em estágios bem iniciais, sem gânglios comprometidos pela doença, também poderá trazer benefícios ao paciente. No SUS, foram incorporadas no ano passado duas imunoterapias. 

A médica alerta que é fundamental o uso de protetor solar adequado e revisão periódica com o dermatologista. Se o paciente já teve melanoma, as consulta deve ser semestrais ou trimestrais, dependendo do caso. 

Por que escolher o oncologista especialista em melanoma?
A oncologista explica que esta experiência faz com o que o médico compreenda exatamente e profundamente a doença que o paciente está enfrentando. "Ele sabe escolher o tratamento certo na hora certa baseado no diagnóstico correto", diz Jane. O oncologista especialista atende centenas de pacientes a cada ano e pode oferecer planos de tratamento até mesmo para os mais raros tipos de melanoma com segurança. Ele também tem um profundo conhecimento teórico na doença, além das últimas pesquisas que estão se desenvolvendo na área. 

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