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“O RS não pode ficar de fora e deve cumprir sua parte”, diz Leite na COP26, sobre ações para combate a mudanças climáticas

Depois de três dias de intensas agendas na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP26), em Glasgow, na Escócia, o governador Eduardo Leite, acompanhado dos secretários Artur Lemos Júnior e Luiz Henrique Viana.

05/11/2021 às 17h50
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Secom Rio Grande do Sul
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Governador Leite com os secretários Luiz Henrique Viana (à esq.) e Artur Lemos no encerramento da participação na COP26 - Foto: Maurício Tonetto / Palácio Piratini
Governador Leite com os secretários Luiz Henrique Viana (à esq.) e Artur Lemos no encerramento da participação na COP26 - Foto: Maurício Tonetto / Palácio Piratini

Depois de três dias de intensas agendas na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP26), em Glasgow, na Escócia, o governador Eduardo Leite, acompanhado dos secretários Artur Lemos Júnior (Casa Civil) e Luiz Henrique Viana (Meio Ambiente e Infraestrutura) ressaltam a urgência da necessidade de inserção na agenda global de enfrentamento às mudanças climáticas.

“Encerramos nossa participação da COP26 depois de três dias, nos quais tivemos diversos diálogos, trocas de experiências e apresentamos nosso portfólio de projetos ambientais. Dividimos o espaço com representantes da sociedade civil, do empresariado, de governos, de think tanks e de ativistas, todos reunidos nesse caldeirão que é a COP26. Vimos aqui a oportunidade que temos, do ponto de vista econômico, por meio de uma agenda que se impõe com urgência para o mundo e, consequentemente, para o RS. Temos que cumprir os compromissos que assumimos e entender a oportunidade econômica que se apresenta para que estejamos inseridos nesta agenda. O RS não pode ficar de fora e deve cumprir sua parte”, destacou o governador.

Leite se refere em especial ao compromisso Race to Zero, espécie de competição saudável entre os países, com participação de governos estaduais, municipais e da sociedade civil, para zerar as emissões de carbono até 2050. O compromisso foi assumido pelo RS em 25 de outubro deste ano.

“Participamos de reuniões e de painéis com representantes de praticamente toda a cadeia, desde aqueles que mais sofrem com os efeitos das mudanças climáticas como aqueles que estão agindo para tentar impedir que a situação piore. Vimos que o RS, como governo, tem se preocupado com o tema e que está no caminho certo”, disse o secretário Luiz Henrique Viana.

A ausência de representantes do governo federal chamou atenção não só à comitiva, mas também a muitos dos ativistas e líderes com quem Leite se encontrou. Mesmo assim, o governador destacou que essa é uma oportunidade de engajamento ainda maior por parte dos governos estaduais e da sociedade.

Para o secretário Artur Lemos, o trabalho intenso dos países com relação à transição energética justa foi um dos pontos altos da COP26. “Esse é um dos caminhos que avaliamos para que o RS possa ser pioneiro, e estamos levando a novidade do projeto do hidrogênio verde ao Brasil. Tivemos boas reuniões bilaterais sobre o tema com representantes de vários países”, destacou.

Ex-presidente da Irlanda, Mary Robinson presenteou Leite com um livro de sua autoria intitulado “Justiça climática" - Foto: Suzy Scarton / Palácio Piratini

Embora a matriz energética do RS seja composta por 80% de fontes renováveis, o Estado ainda quer avançar. “A geração de hidrogênio verde é uma oportunidade também para o Estado, é uma nova fonte de energia, ambientalmente sustentável e, economicamente, é algo que pode suprir a demanda interna e ainda ser ampliada para exportação”, afirmou o governador.

A participação da comitiva estadual na COP 26 terminou na manhã desta sexta-feira (5/11), com duas reuniões de trabalho. Nesta sexta à tarde, o grupo iniciou retorno ao Brasil, com chegada prevista para sábado (6/11).

Intenção de iniciar geração de hidrogênio verde

Na manhã desta sexta-feira (5/11), o governador Leite, acompanhado pelos secretários Artur Lemos e Viana, se encontrou com a ex-presidente da Irlanda e atual líder do The Elders, Mary Robinson, e com o chefe da Diretoria de Política Internacional do Ministério Federal do Meio Ambiente da Alemanha, Norbert Gorissen. Foram duas reuniões de trabalho, nas quais o governador destacou a importância da pressão política internacional sobre o governo federal para que as ações de combate às mudanças climáticas de fato se tornem realidade.

Leite esteve reunido com Norbert Gorissen, do Ministério Federal do Meio Ambiente da Alemanha
Leite esteve reunido com Norbert Gorissen, do Ministério Federal do Meio Ambiente da Alemanha - Foto: Maurício Tonetto / Palácio Piratini

“Estamos mais conscientes do nosso papel como entes subnacionais. Não vemos comprometimento por parte do governo federal, e a Europa e outros países estão exigindo essa mudança de postura. O que os representantes desses países podem fazer para ajudar o Brasil, além de disponibilizar financiamento e suporte técnico, é colocar pressão no governo federal e também no setor privado para que essa consciência acerca da urgência da situação se intensifique”, disse Leite.

Em ambos os encontros, o governador apresentou as características e os projetos ambientais do RS e detalhou a intenção de dar início à geração de hidrogênio verde.

“A Amazônia, claro, é muito importante, mas temos nossos próprios biomas no RS. Um caminho que estamos tentando trilhar é a geração de hidrogênio verde, e teremos mais facilidade do que outros Estados porque temos uma demanda já identificada que ajudaria a tornar esse projeto realidade”, explicou.

Mary Robison é a líder do The Elders, grupo independente de líderes globais que trabalham pela paz, pela justiça e pelos direitos humanos. O grupo também inclui nomes como o do ex-presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso e o ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton. No encontro, Mary presenteou o governador com um livro de sua autoria, intitulado “Justiça climática”, um dos assuntos também debatidos na reunião.

Por sua vez, a diretoria da qual Gorissen faz parte também está envolvida na coordenação do G7 e do G20, legislação ambiental internacional, assuntos das Nações Unidas, metas de desenvolvimento sustentável, entre outros assuntos. O diretor também participou ativamente das negociações que resultaram no Acordo de Paris.

Texto: Suzy Scarton
Edição: Marcelo Flach/Secom

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