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CRE aprova embaixadores para Uruguai e Peru; nomes seguem para o Plenário

Novos diplomatas devem assumir em breve o comando das embaixadas de dois países vizinhos. A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE)...

21/10/2021 às 14h40
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Agência Senado
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Edilson Rodrigues/Agência Senado
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Novos diplomatas devem assumir em breve o comando das embaixadas de dois países vizinhos. A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou nesta quinta-feira (21) diplomatas indicados pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, para chefiar embaixadas brasileiras no Peru e  no Uruguai. Cabe agora ao Plenário decidir se Sérgio Danese (MSF 37/2021) e Marcos Raposo Lopes (MSF 43/2021)  assumirão os novos postos. 

Indicado para o comando da Embaixada do Brasil no Peru, Sérgio França Danese substituirá, na função, o diplomata Rodrigo de Lima Baena Soares. De acordo com o governo, as indicações seguem o processo de renovação periódica das chefias das missões diplomáticas brasileiras.

Mas a presidente da CRE, Kátia Abreu (PP-TO), lamentou que o governo federal tenha sugerido a substituição de Danese pelo ex-senador e ex-prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella poucos meses após o diplomata assumir o posto. Até o momento, a África do Sul não respondeu o pedido de concordância para que Crivella seja o embaixador em Pretória

— Eu quero registrar pessoalmente o meu desânimo com relação a essa transferência. Não que o Peru não seja um país importante, é também um país importante, mas a África do Sul é um país especial, e, pela categoria, pelo brilhantismo e pela experiência do embaixador Danese, eu tenho a convicção, com toda a falta de especialidade, de que ele seria muito mais útil ao Brasil e às nossas relações se tivesse permanecido lá no seu posto — disse Kátia.

Sobre a repentina mudança, Danese disse que é uma satisfação trabalhar no Peru e apontou que é um “funcionário de carreira” e “desempenha as missões para as quais é designado”.

— Eu também queria dizer da minha satisfação obviamente pela indicação feita pelo presidente da República, secundado pelo Ministro das Relações Exteriores, para o Peru. Nós somos funcionários de carreira, funcionários do Estado e desempenhamos as missões para as quais nós somos designados. Isso faz parte do nosso espírito — afirmou. 

Peru

A República do Peru é o quarto país mais populoso da América do Sul, com 33,5 milhões de habitantes, e o vigésimo mais extenso do mundo (1,285 milhão de quilômetros quadrados). Brasil e Peru mantêm Aliança Estratégica desde 2003. Entre os principais temas da relação bilateral estão a integração fronteiriça, o combate a ilícitos transnacionais, o adensamento dos laços econômico-comerciais e a cooperação técnica.

Em 2020, o Brasil se manteve na posição de terceiro maior exportador ao Peru, com exportações de US$ 1,66 bilhão, redução de 25% em relação ao ano anterior. 

Um dos desafios no plano econômico é destravar os investimentos em infraestrutura, que se encontram prejudicados desde a eclosão da crise política decorrente dos desdobramentos da Operação Lava Jato no Peru, os quais afetaram diversos projetos então a cargo da empresa Odebrecht e o crescimento do PIB peruano.

Segundo Amin, além dos desdobramentos da Operação Lava Jato, o país enfrenta fragmentação política e crise econômica e social que impõe desafios adicionais no fortalecimento das relações comerciais.

Diante da questão, Danese aposta que as empresas brasileiras têm espaço para voltar ao país e devem buscar apoiar ações nas áreas social, cultural e ambiental. O desafio, segundo ele, é restaurar as parcerias entre Brasil e Peru. 

— É muito importante que, nessa volta das empresas brasileiras não só para o Peru, mas para outros mercados que nós perdemos por conta dos problemas que tivemos e que são muito conhecidos, as empresas redobrem essa aposta numa volta com compliance, com governança corporativa e com essa atuação nessas áreas que muitas vezes são muito sensíveis - apontou Danese.

Uruguai 

Indicado para embaixador no Uruguai, Marcos Leal Raposo Lopes teve parecer favorável do senador Nelsinho Trad (PSD-MS). Lopes entrou para a carreira diplomática em 1982. Foi embaixador na Argentina e no Peru e trabalhou também nas embaixadas do Egito e do México.

No campo comercial, o Brasil é o maior fornecedor do Uruguai e o segundo principal destino das exportações uruguaias, depois da China. A corrente comercial bilateral é composta preponderantemente por produtos industrializados (89,9%). O fluxo comercial bilateral totalizou US$ 2,873 bilhões.

O setor de turismo é a principal atividade geradora de divisas para o Uruguai e representa em torno de 7,5% do PIB do país — competindo em importância econômica com as exportações de carne bovina. Segundo Nelsinho Trad, há espaço para intensificar as relações entre os países, posição compartilhada pelo indicado. 

O plano de sua atuação a partir da embaixada em Montevidéu inclui as negociações sobre a compra de produtos das zonas francas do Uruguai e a venda de açúcar pelo Brasil, além de cooperações na área agrícola, incremento do turismo e identificação de novos nichos de mercado. 

— A embaixada deverá promover ações integradas para identificar novos nichos de mercado para produtos brasileiros, desde básicos até tecnológicos — apontou Marcos Leal Raposo Lopes.

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