O Conselho Municipal de Saúde (CMS) de Bento Gonçalves elegeu recentemente o servidor público Luis Fernando Ferreira para assumir como presidente, ocupando o cargo renunciado pela ex-presidente Inês Fagherazzi Bianchetti e também por seu vice, o ambientalista Gilnei Rigotto. Entre outras coisas, o novo presidente do órgão deseja buscar uma maior amplitude quanto ao acesso transparente das informações e a participação da sociedade.
De acordo com o presidente do CMS, Bento Gonçalves possui pontos deficitários quanto a questões de saúde, principalmente no que se refere à busca por referências e especialidades médicas e quanto à parte financeira que envolve as políticas públicas no município. "Na minha visão, a saúde em Bento Gonçalves, comparada com outros municípios, é muito boa, porém, se fizermos um comparativo interno ou se formos acolher as necessidades da comunidade com relação à saúde como um todo, percebemos que Bento ainda está muito deficitária naquilo que as pessoas deveriam estar recebendo em termos de saúde do poder público. Existe ainda um déficit, porque o município ainda não tem referências próprias em muitas especialidades, por exemplo na área de Cardiologia, que temos que buscar em Farroupilha ou Caxias do Sul, assim como ocorre com outras especialidades médicas também. As unidades de saúde estão bem distribuídas, os projetos de saúde para o futuro também estão evoluindo de uma forma bastante célere, mas isso é a atenção básica", afirma Ferreira.
Em seu mandato a frente do Conselho Municipal da Saúde, Ferreira exalta a importância do conhecimento para os debates sobre os problemas da sociedade quanto a questões de saúde e afirma que buscará o equilíbrio e a organização do conselho, bem como a ampliação de canais de informações com a comunidade e a ampliação da participação da sociedade nas reuniões do conselho.
O presidente relata que é preciso um debate amplo sobre todos os temas. Ele irá sugerir aos conselheiros a criação de comissões para que todos tenham um conhecimento mais detalhado do que vai ser discutido nas reuniões. Além disso, o conselheiro deseja buscar assessorias para implementação no conselho para uma maior abrangência de conhecimentos sobre a área da saúde. "Precisamos de uma uma assessoria jurídica implementada, precisamos formalizar uma assessoria técnica de engenharia, pois também temos obras ocorrendo. precisamos ter essas estruturas de fiscalização, de verificação e de estudo de todos os temas que vêm para o conselho. Pretendemos tornar o conselho o mais legal possível no termo da legislação e também em termos de acesso a informação e da participação da sociedade", comenta Ferreira.