A família da jovem Marília Carolina Queiroz de Andrade, de 20 anos, estão realizando um protesto contra a determinação da justiça de que as duas filhas dela, de três meses e 3 anos, sejam afastadas imediatamente do convívio com ela. As mulheres estiveram em frente ao Fórum e também na frente do Conselho Tutelar protestando com cartazes e apitos. A bebê de três meses já foi recolhida ao Albergue Municipal.
De acordo com Marília, o recolhimento da bebê teria sido feito devido à falta de vacinas da criança. Ela acusa o Conselho Tutelar de ter agido com má fé contra elas e que o juiz que julgou o caso não deu chance de explicações para a família. Marília, as irmãs e a mãe estiveram protestando em frente ao Fórum e também na frente do Conselho Tutelar. As mulheres já informaram que não irão entregar a criança de três anos, que está sendo procurada por um oficial de justiça para ser recolhida ao Albergue Municipal.
Segundo o juiz substituto da Vara da Infância e da Juventude, Thiago Dias da Cunha, o processo corre em segredo de justiça e não é possível dar muitos detalhes. Porém, ele revelou que todos os trâmites antes da retirada da criança do convívio com a família foram realizados e não cumpridos pela família. Cunha não revelou o motivo da determinação, mas destacou que é de extrema urgência a necessidade de retirada das crianças do local onde elas estão atualmente.
A reportagem do NB Notícias descobriu que imagens de pessoas próximas as crianças posando para fotos armados seria um dos motivos do afastamento. O fato não foi confirmado pelo juiz Thiago da Cunha, devido ao segredo de justiça do processo. O magistrado destacou que o afastamento não é definitivo. O próximo passo será a busca pela reestruturação da família mediante trabalho da rede de apoio, com o objetivo de reintegração das crianças ao convívio familiar. "A comunidade pode ter certeza, não realizamos nada de forma arbitrária. Todos os trâmites deste processo foram seguidos e a retirada das crianças do convívio familiar é uma das últimas medidas a serem tomadas", finalizou o magistrado.