A Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves realizou nesta quarta-feira, 26, uma audiência pública para debater a situação do comércio informal na cidade. Na ocasião foi instalada a Frente Parlamentar de Combate à Informalidade, que será presidida pelo vereador Rafael Pasqualotto (PP). Na oportunidade, foram apresentados números que mostram que a Capital do Vinho perde anualmente R$ 21 milhões com a informalidade.
A audiência pública reuniu comerciantes e ambulantes, além de lideranças de entidades. Entre os participantes estavam o coordenador da Comissão de Combate à Informalidade (CCI) da Fecomércio, André Roncatto e o vice-coordenador da CCI, Daniel Amadio, também presidente do Sindilojas Regional Bento, além de representantes da OAB de Bento Gonçalves, da AGAS, do Sindicato dos Técnicos Tributários da Receita Estadual, Sindicato das Empresas da Alimentação.
O presidente Daniel Amadio apresentou dados importantes sobre o comércio ilegal, lembrando que a atividade movimentou em 2016 algo em torno de R$ 983 bilhões, equivalente a 16% do PIB brasileiro. Amadio revelou que somente em Bento Gonçalves aproximadamente R$ 21 milhões deixam de ser recolhidos anualmente aos cofres públicos devido à informalidade. "Não podemos desperdiçar estes recursos, que poderiam ser investidos nas áreas da Saúde, Educação e Segurança", relatou o presidente.
O coordenador da CCI, André Roncatto elogiou a iniciativa dos vereadores. "Bento Gonçalves dá um importante passo em defesa da sua sociedade e serve de modelo para outros municípios por incentivar a regularização e por criar iniciativas como a lei que regulamenta a realização de feiras na cidade", destacou.
O presidente da Câmara, Moisés Scussel Neto lembrou o propósito de defender a sociedade em geral, destacando que a informalidade é hoje a segunda maior economia do mundo. O vereador Rafael Pasqualotto, presidente da Frente Parlamentar, ressaltou que o encontro teve por objetivo defender o comércio local. "Nossa intenção não é agir contra o comércio informal, mas defender o empresário que recolhe impostos, gera emprego e recolhe tributos para o crescimento da cidade', resumiu.