Imagine você esperar 30 anos por um transplante? É o que acontece com Eduardo Lazzarini, de 30 anos, que convive com a fibrose cística, uma doença genética, crônica e progressiva, que afeta diversos órgãos, desde os três meses de vida. Agora ele vive a expectativa de conseguir o transplante de pulmão, pois é o paciente número 1 na fila dos transplantes no Rio Grande do Sul.
Eduardo Lazzarini já está há dois meses internado no Hospital de Clínicas, em Porto Alegre. No hospital, ele recebe tratamento enquanto permanece ligado a um aparelho de oxigênio e aguarda um doador compatível. A rotina de cuidados é intensa desde o diagnóstico da doença e inclui nebulizações 3 vezes ao dia, fisioterapia e exercícios que ajudam a eliminar a secreção produzidas pelo pulmão. Mas, mesmo seguindo as orientações médicas integralmente, Lazzarini precisou se adaptar à progressão da doença e a consequente perda de capacidade respiratória com o tempo.
Apesar de conviver com a doença há três décadas, Lazzarini nunca perdeu o otimismo e a esperança. “Eu sei que depois do transplante minha vida vai mudar bastante. Vou voltar há vários anos, quando eu tinha fôlego para respirar melhor, caminhar. Não preciso muito mais do que isso. São coisas simples, como estar perto dos amigos, estudar, trabalhar. Isso já será uma vitória”, descreve.