A mobilização dos caminhoneiros, que vem acontecendo em todo o Brasil, deve chegar até a BR 470, em Garibaldi ainda na noite desta quarta-feira, 8 de setembro. Um grupo de motoristas está se reunindo para realizar bloqueios na altura do Posto do Avião. A reportagem fez contato com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que não confirmou a manifestação até o momento, mas informou que a rodovia segue monitorada em vários pontos.
De acordo com os organizadores da mobilização, estarão reunidos motoristas de Garibaldi, Carlos Barbosa e Bento Gonçalves. Eles afirmam que a manifestação já teria sido autorizada pela PRF, o que não foi confirmado pela 6ª Delegacia da PRF até as 22h20min. Os manifestantes revelam que a intenção era ter dois pontos de protesto, no Posto do Avião, em Garibaldi, e no Posto do Hélio, em Bento Gonçalves, mas isso não teria sido autorizado pelas autoridades policiais. Ao contrário da paralisação anterior, o grupo desta vez pede a saída do ministro do STF, Alexandre de Moraes, e a implantação do voto auditável, além do alinhamento das instituições, principalmente o STF, para andamento das pautas em favor do povo.
Entidades ligadas à classe, e que atuaram em outros protestos, não aderiram aos atos dessa vez. Afrânio Kieling, presidente da Federação das Empresas de Transporte Cargas e Logísticas do Sul (Fetran-sul), diz que é uma manifestação heterogênea e que não reivindica nenhuma pauta. “A manifestação não é relacionada ao setor. Desta vez é uma questão política”, destaca o presidente.
A categoria está dividida se comparecem ou não aos protestos. Aderiram ao movimento grupos que apoiam as ameaças de Jair Bolsonaro (sem partido) ao Supremo Tribunal Federal (STF). Eles defendem três ações diretas de inconstitucionalidade, que tratam da política nacional de piso mínimo, implementada por meio de lei durante o governo Michel Temer (MDB), que ainda não foram julgadas pela Corte.