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Projeto leva a dança inclusiva para portadores de deficiência

Iniciativa permitiu o ensino da dança para frquentadores da Adef de Bento Gonçalves e a gravação de uma coreografia especialmente criada para os alunos.

26/08/2021 às 09h36
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Divulgação
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Projeto leva a dança inclusiva para portadores de deficiência

O Projeto “Eu danço. E você? - Oficina e Apresentação de Dança Inclusiva”, realizado entre maio e julho desse ano, culminou com a gravação de coreografia especialmente criada para os alunos. Já na primeira semana de divulgação, a  diretoria da Associação Atlanthica e a equipe de trabalho se surpreenderam com a adesão de alunos que logo se inscreveram e fecharam duas turmas. Oferecidas gratuitamente, as oficinas foram ministradas pelo professor e coreógrafo Cristian Bernich, que tem experiência com dance abillity, técnica que utiliza do improviso para estimular movimentos entre pessoas com e sem deficiência. O projeto foi executado através do Edital Criação e Formação - Diversidade das Culturas, realizado com recursos da Lei Aldir Blanc nº 14.017/20.

As aulas aconteceram no espaço da ADEF – Associação dos Deficientes Físicos de Bento Gonçalves, que já tem o espaço adaptado a atender o público alvo do projeto. E a cada semana oportunizaram um espaço-tempo para as pessoas com e sem deficiência, ou mobilidade reduzida, se conhecerem e se perceberem enquanto e como corpo sob todos os aspectos que não somente o aspecto físico e, concomitantemente, contribuir para a ampliação e qualificação dos participantes. Foram tomados todos os cuidados com a higienização do local, uso de máscara e álcool em gel.

A Presidente da Associação Atlanthica, Daniela Sandrin Copat fala da sua gratificação com a realização do projeto. "Os participantes mostraram que não há limites quando se tem uma oportunidade e dançar foi o que oportunizamos aos alunos. Independentemente da deficiência, todos participaram com alegria, com vontade de extravasar e de mostrar que, sim, o talento está na concepção individual de poder se perceber e envolver-se com a arte, com a cultura, sentir-se vivo”. Daniela salienta a importância de levar a cultura para todos e fazer com que cada vez mais as pessoas participem e se integrem às mais variadas possibilidades de manifestação artística. 

Segundo Ana Inês Facchin, diretora da Atlanthica, a proposta foi tão bem aceita pelos participantes que, mesmo após o encerramento do curso, as aulas agora seguem na ADEF com o professor Cristian. “Ouvimos relatos de alunos e familiares de que, no dia seguinte de cada aula, eles acordavam felizes, revivendo aquele momento. Gratifica e enaltece quando um projeto atinge seu objetivo e tem continuidade, mesmo após o encerramento. Se a pandemia foi dura para todos,  muito mais dura foi para quem já convive com limitações de deslocamento e pouco acesso à arte. Levar a oportunidade a esse público fez muito bem também a nós, incentivando-nos a novos projetos” comenta.

 

Pandemia do novo coronavírus não permitiu a apresentação do grupo para um grande público, mas coreografia foi gravada em vídeo

 

Caminhos que seguem 

A pandemia não permitiu a realização do espetáculo de encerramento com público, mas  a gravação de uma apresentação ímpar e agradável envolve e gratifica quem participa e quem assiste.  Via redes sociais, o vídeo está sendo disponibilizado no face (Eu Danço. E você?) e no insta (@eudancoevoce) do projeto.

Para o professor e coreógrafo Cristian Bernich, "foi uma experiência única! Pela primeira vez fui desafiado a desenvolver um trabalho artístico com dança em um espaço destinado exclusivamente para o atendimento a PCDs com mobilidade reduzida. Nenhum dos participantes havia tido alguma experienciação com dança noutro momento. Muitas pessoas acreditavam, e creio que ainda acreditam, que dançar seria algo impossível a eles, tendo em vista que suas referências são as danças embebidas de ritmos convencionais, geralmente  vistas na televisão”.

Bernich conta que no primeiro dia de aula/oficina, ficou evidente a timidez, a insegurança e medos dos participantes, mães, pais, filhos, netos, todos unidos pelas suas dificuldades de deslocamentos ocasionados pelas mais diferentes comorbidades. “Levar uma metodologia capaz de saírem do lugar comum foi com certeza um desafio para todos nós. Ao fim dos três meses de trabalho ficou perceptível a evolução dentro da proposta da dança inclusiva. Todos ficaram mais relaxados e expressivos”.

O coreógrafo comenta que optou em não mesclar bailarinos experientes no projeto, um pouco pela prevenção e restrição impostas pelas normas sanitárias em virtude da pandemia da Covid-19 e, também, porque os participantes não estavam preparados para absorver tanta informação na fase inicial; tinham que quebrar seus próprios paradigmas.

Coreógrafo Cristian Bernich (E) passou três meses auxiliando os alunos a quebrarem os seus próprios paradigmas

 

 

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