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TV, teatro e cinema perdem o talento do ator e diretor Paulo José

Ícone da teledramaturgia brasileira perdeu a vida aos 84 anos, vitimado por complicações causadas por uma pneumonia.

11/08/2021 às 22h54
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Estadão/Conteúdo
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TV, teatro e cinema perdem o talento do ator e diretor Paulo José

A teledramaturgia brasileira perdeu na noite desta quarta-feira, 11, mais um de seus ícones. O ator e diretor Paulo José morreu aos 84 anos no Rio de Janeiro, de acordo com comunicado da TV Globo. Ele estava internado havia 20 dias por conta de uma pneumonia e deixa esposa e quatro filhos. Dono de um talento múltiplo, era um ator e um diretor que integrava o seleto grupo de artistas ideológicos.

Gaúcho de Lavras do Sul, Paulo José Gómez de Souza nasceu em 20 de março de 1937 e começou sua trajetória no teatro ainda na escola, no Rio Grande do Sul. A opção tornou-se mais forte quando participou de diversas montagens amadoras, entre 1955 e 1961. Foi em 1958 que estreou como diretor na peça Rondó 58, espetáculo de poemas dramatizados. Nesse período, ampliou suas habilidades aos exercer as funções de cenógrafo, iluminador, contrarregra, assistente de direção, maquiador e maquinista. Na década de 1960, já em São Paulo, iniciou carreira no Teatro de Arena, em São Paulo, com a peça Testamento de um Cangaceiro (1961), escrita por Chico de Assis e dirigida por Augusto Boal.

Seu primeiro trabalho na Globo foi na novela Véu de Noiva, de Janete Clair, de 1969, mas Paulo marcou época com a parceria firmada com o ator Flávio Migliaccio na novela O Primeiro Amor, de 1972. Os personagens foram tão marcantes que deram origem a um seriado, Shazan, Xerife e Cia, escritor, dirigido e estrelado por eles de 1972 a 1974.

Ao longo de mais de seis décadas de carreira, Paulo José esteve presente em mais de 20 novelas e minisséries, além de filmes como Macunaíma, de 1969, e Todas as Mulheres do Mundo, de 1966. Agora É que São Elas, de 2003, de Ricardo Linhares, surgiu a partir de uma ideia do próprio ator.

A trajetória de Paulo José coincidiu com a da arte brasileira, especialmente o cinema e a TV. Afinal, ele foi um padre que pecou por amor, sonhou ter todas as mulheres do mundo (e ficou com uma só), deu vida a um herói sem nenhum caráter e, já debilitado, viveu o artista de circo que discute a profissão com o filho em crise.

O ator conviveu por 20 anos com o mal de Parkinson e seu último trabalho nas telas foi como Benjamin, personagem da novela Em Família que também sofria da doença.

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