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Delivery de combustível está prestes a ser regulamentado no Brasil

Pandemia impulsionou serviços de entrega e apps devem incentivar a concorrência

06/08/2021 às 11h01
Por: Jaqueline Bagnara Fonte: Divulgação
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Comercialização fora dos postos só pode ser solicitada por revendedor varejista autorizado pela ANP Pixabay
Comercialização fora dos postos só pode ser solicitada por revendedor varejista autorizado pela ANP Pixabay

Imagine solicitar, por meio do celular, o abastecimento do seu carro sem sair de casa ou do trabalho e sem precisar ter contato com o vendedor. Pode parecer improvável, mas já é realidade em países como Estados Unidos, Canadá e Inglaterra e deve se espalhar em breve pelo Brasil. A Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) prepara o novo marco regulatório do mercado de combustíveis que deve modificar a forma como os produtos são vendidos no país.

Uma das principais inovações é a autorização para postos realizarem o serviço de entrega por meio de veículos adaptados. Esse modelo funcionou no Rio de Janeiro por meio da empresa Gofit. Inicialmente, o foco era a entrega em marinas, para abastecer barcos, lanchas e jet-skis, mas a meta é ampliar o mercado para todos os consumidores assim que houver regulamentação. “Antes, o proprietário desse tipo de veículo era obrigado a se arriscar, transportando combustível em galões, o que também é proibido. A tecnologia vem para somar e oferecer mais comodidade ao brasileiro”, afirma o advogado Robson Couto, especializado no mercado varejista de combustíveis.

O serviço, que funciona 24 horas por meio de aplicativo para celulares, ficou conhecido como o 'Uber dos combustíveis'. Após realizar o cadastro, o app informa a disponibilidade dos caminhões para, então, a compra ser efetivada. O caminhão vai até o consumidor, que nem precisa sair de casa ou ter contato com atendentes para realizar o pagamento.

A entrega é feita por caminhonetes com um tanque adaptado para armazenar gasolina e etanol, com capacidade de transporte de até dois mil litros. “A regulamentação da ANP estabelece uma série de normas para garantir a segurança da operação. O texto já passou pela fase de audiências públicas e os interessados já enviaram sugestões de alteração. Agora a agência analisa se adota ou não as sugestões do setor antes da finalização para implementação da nova regulamentação”, acrescenta o especialista.

Realidade nos EUA desde 2015, o delivery de combustível está em fase de expansão também no Canadá e Inglaterra. A pandemia tornou o mercado fértil para todo e qualquer serviço de entrega. E teve reflexos também no Brasil, que, segundo levantamento da Statista, empresa especializada em dados de mercado e consumidores, foi responsável por quase metade dos números do delivery (48,77%) na América Latina em 2020.

Nesse cenário o app para entrega de combustível ganha força. Nos EUA, por exemplo, várias companhias do Vale do Silício como PayPal, UPS, Facebook, Cisco, IBM e FedEx utilizaram os apps para abastecer os carros de seus empregados.

Concorrência

Na avaliação de Couto, o novo marco regulatório do mercado de combustíveis em definição pela ANP impulsionará a concorrência e está longe de representar o fim dos postos de combustíveis. “O modelo atual continuará existindo por muito tempo. Somente donos de postos poderão operar o delivery. A medida estudada pela ANP representará uma comodidade e deve tornar o preço mais atrativo para consumidor assim que o mercado se expandir”, afirma.

Segundo as regras pré-definidas pela ANP, a autorização para a venda fora dos postos só pode ser solicitada por revendedor varejista autorizado pela agência e tem que ser feita dentro dos limites do município onde o revendedor está instalado.

O advogado estima que para começar a operar o sistema, os empresários do setor devem fazer um investimento inicial de cerca de R$ 250 mil com a compra e adaptação do veículo.

O advogado especializado no mercado varejista de combustíveis Robson Couto Divulgação

Normas e segurança

Os veículos poderão transportar até 2 mil litros de combustível e o abastecimento em delivery não poderá ser feito em garagens, áreas subterrâneas, ruas de grande fluxo e locais onde há piso permeável ou semipermeável. “A resolução apresenta uma série de normas técnicas para garantir a segurança do serviço. Será preciso ter estudo de análise de gestão de riscos; licença de operação expedido por órgão ambiental; certificado de segurança expedidos pelo Denatran, Ibama e Inmetro. Tudo para que o delivery opere de forma segura”, afirma Couto.

 

 

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