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Cirurgias eletivas: um problema sem solução que acumula fila de pacientes

Falta de repasses do Governo do Estado e inexistência de referência regional em algumas especialidades são alguns dos entraves enfrentados pela Secretaria Municipal de Saúde. Fila de espera já chega a quase 500 pessoas.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Divulgação
15/12/2018 às 21h01
Cirurgias eletivas: um problema sem solução que acumula fila de pacientes
Kévin Sganzerla

Não é de hoje que o problema envolvendo cirurgias eletivas assola a comunidade bento-gonçalvense que precisa de atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS). A falta de verba e de repasses do Estado, necessários para o cumprimento da realização de cirurgias eletivas nos municípios e a falta de referências na região estão impedindo uma maior agilidade para a diminuição do significativo número de pessoas na lista de espera. Só em Bento Gonçalves, o número de pessoas na lista em cirurgias de alta-complexabilidade se aproxima de 500 pacientes.

Segundo o Secretário Municipal da Saúde, Diogo Segabinazzi Siqueira, os procedimentos estão esbarrando na insuficiência de verbas repassadas pelo estado aos municípios, obrigando as cidades a contribuir financeiramente para a realização das cirurgias. "A atenção básica, posto de saúde, médico, enfermeiro, é a obrigação do município, no momento que a gente cai em uma especialidade e em cirurgias, a obrigação seria naturalmente do estado, porém a gente vê que o estado não está cumprindo com o que deveria ser a sua obrigação. Muitas vezes os municípios estão utilizando recursos próprios para contribuir com essas cirurgias, e é o que acontece aqui em Bento", afirma o secretário da pasta. 

De acordo com Segabinazzi, o município possui uma grande dificuldade quanto a cirurgias de alta complexabilidade, principalmente na área de traumatologia, a qual não possui referência na região da Serra Gaúcha e que demanda de uma expressiva lista de pacientes. Outras especialidades também estão enfrentando entraves para a agilidade do fluxo de cirurgias, como é o caso da cardiologia, de pacientes com HIV positivo que demandam de UTI e da oftalmologia, que possui uma grande demanda para consulta. "Na oncologia conseguimos atender os pacientes em 15 dias a um mês, em poucos dias conseguimos fazer essas cirurgias neste paciente. Cirurgias de urgência também a gente consegue resolver com muita rapidez e encaminhar os pacientes para suas respectivas referências, porém, quando se trata em eletivas, temos essa dificuldade. Algumas especialidades conseguimos atender em um mês ou dois, já em outras, demora meio ano, um ano e as vezes o paciente fica naquela lista e não tem como sair", ressalta Segabinazzi. 

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