A oscilação da economia e a incerteza do futuro econômico do país ainda mexem com a realidade do emprego em Bento Gonçalves. O município fechou o primeiro trimestre de 2017 com saldo positivo no número de vagas criadas, em relação ao fechamento de postos de trabalho. A reação foi tímida, de apenas 0,21% (equivalente a 81 vagas geradas). Porém, a maior preocupação é com os números do mês de março, onde praticamente todos os setores fecharam oportunidades de emprego aos trabalhadores.
De acordo com a carta mensal do trabalho, divulgada pelo Observatório do Trabalho, da Universidade de Caxias do Sul (UCS), nos últimos três meses, as empresas de Bento Gonçalves voltaram a gerar mais emprego do que demitir. Porém, olhando o saldo dos últimos 12 meses, a geração de emprego na Capital do Vinho teve uma retração de 1,593 vagas, um decréscimo de 3,90%.
Somente no mês de março, foram fechados 248 postos de trabalho em Bento Gonçalves. O número não é tão significativo, pois representa um decréscimo de apenas 0,63% sobre o total de empregos formais. Nesse período, o único setor que abriu postos de trabalho foi aExtrativa Mineral, com cinco novas vagas. Os demais setores todos tiveram mais demissões que admissões.
Os setores que mais fecharam postos de trabalho foram o daIndústria de Transformação, com 115 vínculos encerrados, seguido pelo Comércio, com 68 postosfechados. O saldo acumulado no ano é de 81 vínculos a mais. Nos últimos 12 meses, o setor que mais crioupostos de trabalho foi o da Agropecuária, com 10 novas vagas. O setor que mais fechou postos de trabalhono mesmo período foi o da Indústria de Transformação, com 699 vínculos encerrados. O setor queobteve maior crescimento relativo no período foi o da Agropecuária, com 7,19%, seguido pelos ServiçosIndustriais de Utilidade Pública, com 3,51%.