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Vereador pede união para "salvar a Fundaparque", gestora do Parque de Eventos de Bento

Em manifestação na Câmara, Anderson Zanella (Progressistas) afirmou que é preciso agilizar o repasse de R$ 1 milhão aprovado ainda em 2020, mas travado por questões burocráticas

24/06/2021 às 17h37
Por: Jorge Bronzato Jr.
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(Divulgação)
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Com a falta de feiras e outros eventos que, antes da pandemia de Covid-19, ocupavam os pavilhões do Parque de Eventos de Bento Gonçalves, as dificuldades para manutenção do espaço foram novamente abordadas na Câmara de Vereadores na sessão desta semana, ocorrida na segunda-feira, dia 21. Em seu pronunciamento na Tribuna, o vereador Anderson Zanella (Progressistas) pediu que "mais uma vez a Casa esteja unida para salvar a Fundaparque", entidade gestora do espaço por meio de um comodato com a prefeitura. Isso porque, ainda em 2020, quando os parlamentares votaram a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para este ano, foi aprovada uma emenda que autorizava o repasse de R$ 1 milhão para este fim – o recurso, contudo, não chegou a ser encaminhado à Fundação.

O impasse ocorreu por uma questão burocrática. "Imaginávamos que aquela rubrica pudesse ser usada para custeio da Fundaparque, mas, para nossa surpresa, os recursos só podem ser usados para investimentos. E não é o que a Fundaparque precisa neste período, ela precisa sobreviver, manter suas portas abertas, pagar suas contas em dia. Neste mês, não há recursos sequer para pagamento dos honorários das pessoas que lá prestam serviços", afirma Zanella.

Como justificativa para que o assunto seja tratado com urgência, o vereador salientou que, em 2019, com o funcionamento a pleno, o Parque foi sede de 80 eventos. "Não podemos olhar para esses recursos que devemos aportar para a Fundaparque como recursos a fundo perdido. Muito pelo contário, eles são um investimento. O que esses eventos geram de recursos diretos e indiretos a Bento Gonçalves ultrapassa em milhões o que, nesse momento de pandemia, nesse momento atípico, nos como município precisamos fazer. E nós não conseguindo aportar os recursos agora, é a rede hoteleira que é atingida, a rede gastronômica, o comércio, mas principalmente a indústria, que, ao longo dos anos, fez esse município forte e pujante como ele é", complementa.

Zanella propõe que Legislativo, Executivo e as entidades que integram a Fundaparque sentem à mesa para buscar uma solução com a máxima brevidade. "Ou correremos o risco seríssimo de, a partir do ano que vem, com a volta das atividades, nós não termos condições de sediar qualquer evento no nosso município. Olhem a gravidade da situação", alerta.

"Nosso objetivo é não perder o que a gente construiu", diz presidente da Fundaparque
O presidente da Fundaparque, Edson Pelicioli, ressalta que a fundação reduziu o quanto foi possível os serviços de manutenção em meio à pandemia, mas que tem dependido do apoio de entidades que promovem algumas das principais feiras que ocorrem no local, como Fimma, Movelsul e ExpoBento. Ele destaca, ainda, que esta foi a primeira vez que a administradora do Parque recorreu ao Poder Público em busca de ajuda financeira. "A Fundaparque sempre foi autossustentável, mas a pandemia cancelou os eventos e nos impôs essa dificuldade. Nosso objetivo é não perder o que a gente construiu. Porque, às vezes, deixar de fazer alguma manutenção pode custar muito mais caro depois. A ideia é que estejamos bem para poder voltar, porque temos um certo número de eventos reprimidos, que estão esperando a oportunidade. Alguns deles, pequenos, como formaturas, já devem ocorrer no segundo semestre", aponta.

Ele lembra também que somente Fimma e Movelsul foram responsáveis por investimentos no Parque de Eventos que ultrapassam os R$ 40 milhões nas últimas duas décadas. "O patrimônio permanece sendo público e todo o investimento que é feito, quando o comodato acabar, fica para a prefeitura, para a comunidade. Isso sem contar o público que os eventos acabam movimentando. Em 2019, por exemplo, trouxemos 340 mil visitantes para a cidade. A maioria vem para o turismo de negócios e acaba circulando pelos hotéis, restaurantes", avalia.

Pelicioli se mostra otimista de que a situação possa ser resolvida nas próximas semanas. "É uma questão burocrática que precisamos vencer, mas acho que está bem encaminhada", pondera. Segundo Zanella, se não for possível a alteração na rubrica, com a mudança de investimento para custeio, o provável caminho seja a elaboração de um novo projeto por parte da prefeitura, para ser apreciado na Câmara.

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