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Luana diz que cloroquina aumenta em 77% risco de morte por covid

Infectologista que ficou apenas 10 dias no Ministério da Saúde diz que não há remédio para tratar a doença precocemente

02/06/2021 às 15h20
Por: Marcelo Dargelio Fonte: R7
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Luana: 'Tratamento precoce não existe para covid' - (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado - 02.06.2021)
Luana: 'Tratamento precoce não existe para covid' - (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado - 02.06.2021)

A médica infectologista Luana Araújo afirmou ao senador governista Eduardo Girão (Pros-CE), na CPI da Covid, que a cloroquina é responsável pelo aumento de 77% no risco de óbitos em pacientes com covid-19.

"Eu considero natural que lá no começo da pandemia a gente tenha insistido em algo que não tem realmente valor", disse, completando que o remédio já foi descartado por estudos científicos de instituições renomadas do mundo inteiro.

Questionada se era contra a autonomia dada aos médicos pelo Ministério da Saúde, permitindo que eles receitem medicamentos para o tratamento precoce da doença causada pelo novo coronavírus, Luana afirmou que os profissionais de saúde podem sugerir os remédios, mas também precisam assumir a responsabilidade por eventuais problemas.

"O profissional tem direito de indicar se ele quiser, mas ele precisa ser responsabilizado por aquilo que ele faz."

Ela defende que médicos que utilizam remédios sem comprovação científica contra a covid, como a cloroquina, não podem utilizar a lógica de "se eu prescrevo e a pessoa se salva, eu digo que sou o máximo, mas se ele morre, foi Deus que quis".

Luana Araújo, que foi chamada pelo atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para ocupar uma secretaria de coordenação do combate à pandemia, mas ficou apenas dez dias no cargo, voltou a dizer que não há remédios aprovados pela ciência contra a covid.

Segundo a especialista, estudos do mundo inteiro "estão buscando soluções dentro de tudo o que é possível" para vencerem a doença. A cloroquina e a hidroxicloroquina, argumentou, já são hipóteses descartadas.

Girão perguntou então o que ela diria se médicos e enfermeiros do país estivessem salvando vidas com o tratamento precoce?

E ela rebateu: "Infelizmente isso não é o que aponta [a ciência]. Existe uma revisão sistmática que mostra elevação de risco de 1.77 com a cloroquina, o que mostra um aumento de risco em 77%."

A infectologista comentou ainda que utilizar a Índia como exemplo de país que utilizou com sucesso a cloroquina, como fez Girão, é uma estratégia errada. 

Segundo ela, a Índia, que hoje sofre com o maior número de casos diários de covid-19, com média móvel de 164 mil nos últimos sete dias, teve bons resultados no início da pandemia, mas não por causa de medicação. "Eles conseguiram, com medidas restritivas, conter o fluxo migratório no país, que é bastante intenso, E quando relaxaram nessas contenções, a doença se alastrou novamente", explicou Luana

 

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