
Um adolescente de 15 anos foi morto a tiros na tarde de domingo (28) no bairro Restinga, na zona sul de Porto Alegre, em mais um episódio que expõe a persistência da violência armada em áreas residenciais da capital gaúcha. A vítima foi identificada como Cristian Santos Dantas.
Segundo informações apuradas pela Polícia Civil, o jovem andava de bicicleta por uma rua do bairro quando foi atingido por disparos de arma de fogo. O principal suspeito é o ex-companheiro da mãe do adolescente, que teria fugido do local logo após o crime. Até a última atualização da reportagem, ele permanecia foragido.
Relatos de moradores indicam que houve uma discussão prévia entre Cristian e o suspeito momentos antes dos tiros. As motivações do conflito ainda são investigadas. De acordo com a polícia, o homem possui antecedentes criminais, incluindo registros por porte ilegal de arma e ameaças.
A morte causou comoção entre familiares e vizinhos. Mari Cristina Rosa da Silva, avó do adolescente, descreveu a cena de forma emocionada. “Os vizinhos ouviram os tiros e, quando saíram, viram que ele estava armado. O garoto não teve chance. É uma situação cruel e muito triste, ainda mais porque a mãe dele está grávida”, afirmou.
O crime ocorreu em plena via pública, em um horário de circulação de moradores, o que ampliou o sentimento de insegurança na região. A área foi isolada para o trabalho da perícia, e o corpo do adolescente foi encaminhado para exames legais.
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as circunstâncias do homicídio e trabalha na coleta de depoimentos de testemunhas, além da análise de imagens de câmeras de segurança próximas ao local. A identidade do suspeito já foi confirmada pelas autoridades, mas o nome não foi divulgado oficialmente.
Equipes seguem em diligências para localizar o autor dos disparos. O caso deve ser investigado como homicídio, com possível agravante pelo histórico de violência do suspeito.
A morte de Cristian Santos Dantas se soma a uma série de ocorrências envolvendo jovens vítimas da violência armada no Rio Grande do Sul, reacendendo o debate sobre segurança pública, conflitos familiares e o fácil acesso a armas de fogo.