
O senador Weverton Rocha (PDT-MA) tornou-se um dos principais alvos da nova fase da operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (18). A investigação investiga fraudes relacionadas ao pagamento de descontos associativos que afetam aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Esta ação ocorre em um momento em que Rocha ocupa a posição de vice-líder do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Senado, além de ser relator de pautas significativas na Casa.
Na operação, são cumpridos 52 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As ações da PF abrangem os estados de São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão, além do Distrito Federal. Os crimes investigados incluem inserção de dados falsos em sistemas oficiais, organização criminosa, estelionato previdenciário e ocultação de patrimônio.
A operação Sem Desconto é parte de um esforço mais amplo das autoridades para combater fraudes no sistema previdenciário brasileiro, que afetam diretamente a segurança financeira de milhares de aposentados. O senador Weverton Rocha, que tem um papel relevante no Senado, pode enfrentar consequências significativas, dependendo do desenrolar das investigações. Até o momento, não houve manifestação oficial do senador sobre as acusações.
A operação também levanta questões sobre a integridade das instituições e a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa no gerenciamento de recursos públicos. A investigação da PF reflete a preocupação com a proteção dos direitos dos beneficiários do INSS, que dependem desses recursos para sua sobrevivência.
As repercussões políticas da operação devem ser acompanhadas de perto, especialmente considerando que Rocha é uma figura influente na atual legislatura. O desdobramento dessa investigação poderá impactar não apenas a carreira do senador, mas também a relação do governo com o Congresso, em um momento delicado para a administração federal.