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Se a moda pega: Câmara de SP paga “vale-peru” de R$ 2 mil a servidores

Custo do benefício supera os R$ 4 milhões em “auxílio alimentação” aos cofres públicos.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Reprodução/Especial
10/12/2025 às 14h39 Atualizada em 10/12/2025 às 15h29
Se a moda pega: Câmara de SP paga “vale-peru” de R$ 2 mil a servidores
Reprodução/Especial

A Câmara Municipal de São Paulo pagou nesta terça-feira (9) uma gratificação de Natal, conhecida informalmente como “vale-peru”, no valor de R$ 2.033,93 a aproximadamente 2 mil servidores. O custo total desse pagamento ultrapassa a marca de R$ 4 milhões, evidenciando um aumento significativo nas despesas da instituição. A aprovação do benefício ocorreu em uma resolução aprovada em novembro de 2024, no final da gestão do ex-presidente Milton Leite (União Brasil), e ocorreu sem ampla divulgação no plenário.

O pagamento do “vale-peru” é classificado como um 13º auxílio-alimentação, o que o torna um benefício adicional para os servidores municipais, que já recebem um vale-refeição que foi reajustado em 9,41% neste ano, elevando o valor diário para R$ 93. Essa prática levanta questionamentos sobre a adequação dos benefícios oferecidos em comparação com o que é disponibilizado por empresas do setor privado, onde os pacotes de benefícios costumam ser menos generosos.

Além do “vale-peru”, a Câmara também reajustou o auxílio-saúde dos servidores e do Tribunal de Contas do Município (TCM) em 22%. Os novos tetos para esse benefício variam de R$ 798,93 para dependentes de 0 a 18 anos até R$ 7.189,01 para servidores com 59 anos ou mais. Essas alterações refletem uma política de valorização dos servidores, mas também geram preocupações sobre o impacto financeiro para os cofres públicos.

O aumento nos benefícios dos servidores municipais, especialmente em um contexto de restrições orçamentárias, suscita um debate sobre a sustentabilidade das contas públicas em São Paulo. Críticos argumentam que tais gastos podem comprometer investimentos em áreas essenciais, como saúde e educação, enquanto defensores afirmam que a valorização dos servidores é fundamental para a manutenção da qualidade dos serviços prestados à população.

Diante desse cenário, a Câmara Municipal se vê pressionada a justificar esses gastos e a transparência nas decisões orçamentárias se torna cada vez mais necessária. O tema promete ser um dos pontos centrais nas discussões sobre o orçamento do próximo ano, à medida que a cidade busca equilibrar suas contas e atender às demandas da população.

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