O influenciador e comediante Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, foi considerado réu em um novo processo por estelionato no Rio Grande do Sul. A decisão foi proferida em 20 de outubro pela Justiça, após a aceitação da denúncia apresentada pelo Ministério Público do RS (MPRS), que envolve 64 vítimas que alegam não ter recebido produtos adquiridos na loja virtual Tá Di Zueira, da qual Nego Di é um dos proprietários.

A denúncia foi protocolada pela 29ª Promotoria de Justiça Criminal de Porto Alegre em 17 de outubro. A acusação afirma que Nego Di e seu sócio, Anderson Boneti, que se encontra preso por outro caso relacionado à loja, atuaram em conjunto para obter vantagem ilícita por meio de fraudes. Os réus recebiam pagamentos de clientes sem a intenção de entregar os produtos, como aparelhos de ar-condicionado e eletrônicos.

A promotoria detalhou que a prática se repetiu em 64 ocasiões, com vítimas relatando compras que variavam de R$ 599,90 a R$ 2,4 mil, totalizando um prejuízo estimado de cerca de R$ 338.714,00. Contudo, a investigação revelou que a movimentação financeira da loja ultrapassou R$ 5 milhões, conforme dados obtidos pela quebra de sigilo bancário das contas da empresa.

O caso tramita na 13ª Vara Criminal de Porto Alegre, onde a Justiça determinou a citação dos réus. Nego Di já responde em liberdade a outras ações semelhantes no estado e se mudou para Santa Catarina. A advogada de Nego Di, Camila Kersh, afirmou que o novo processo é originado do mesmo inquérito anterior e que a distribuição da ação penal em Porto Alegre se deve à competência territorial, que abrange o domicílio das vítimas.

A inclusão de Nego Di como réu neste novo processo evidencia o agravamento das acusações contra o influenciador, que já havia sido condenado em primeira instância por práticas semelhantes. O desdobramento deste caso poderá impactar sua imagem pública e sua atuação no meio artístico.