
A aplicação da inteligência artificial (IA) nas operações Business to Business (B2B) tem avançado para além da automação de tarefas repetitivas. Em um cenário marcado por sistemas fragmentados, regras fiscais complexas e fluxos logísticos diversos, a IA começa a atuar como um orquestrador inteligente, capaz de integrar plataformas, interpretar documentos e antecipar demandas.
Essa transformação tem impactado diretamente a forma como empresas conduzem suas cadeias de compras e vendas, liberando profissionais para funções mais estratégicas. De acordo com Renato Ferraz, CEO da EASYB2B, a tecnologia está ajudando a substituir processos manuais por fluxos inteligentes. "Em vez de apenas automatizar tarefas, ela remove etapas desnecessárias e reduz obstáculos operacionais."
"Dessa forma, o comprador deixa de operar sistemas e passa a atuar diretamente em atividades de negociação e análise, enquanto a tecnologia executa tarefas como registro de pedidos, leitura de documentos e integração entre plataformas", acrescenta.
Essa mudança, segundo ele, pode reduzir o tempo de ciclo das operações e melhorar a qualidade das decisões. "O B2B é altamente fragmentado e exige interoperabilidade entre ERPs, regras de negócio e padrões de dados. As soluções da EASYB2B, por exemplo, interpretam documentos e padronizam dados, além de integrar diretamente com os sistemas dos clientes", explica Ferraz.
Um levantamento do Google Cloud, compartilhado pelo portal InforChannel, aponta que 62% das lideranças empresariais no Brasil já utilizam agentes de IA em suas operações diárias. Esses sistemas inteligentes compreendem o contexto das interações, antecipam necessidades e conduzem conversas de forma autônoma ao longo da jornada de vendas.
O executivo reforça que, na prática, os agentes de IA ajudam a absorver a complexidade operacional de cada etapa da jornada B2B. "O profissional deixa de operar sistemas e passa a gerenciar exceções. Isso pode acelerar o fluxo, reduzir erros e liberar o time para atuar em atividades de maior impacto." Ele observa que os ganhos incluem redução de custos operacionais, diminuição do tempo de ciclo e aumento da precisão.
Desafios à vista
No entanto, Ferraz destaca que a adoção da IA ainda enfrenta barreiras. Entre elas, estão a integração com sistemas legados, a qualidade dos dados e a resistência interna à mudança. "Na EASYB2B buscamos atuar de forma não invasiva, conectar aos ERPs via APIs ou EDIs sem demandar mudanças estruturais. Assim, utilizamos nossa própria tecnologia de padronização para corrigir e qualificar dados antes que alimentem os fluxos automatizados", explica.
O CEO acredita que as tendências para o futuro apontam para modelos mais preditivos e autônomos, fazendo com que a IA antecipe demandas com base em dados de consumo, estoque e sazonalidade, iniciando cotações automaticamente. Outra frente observada por ele é o uso de interfaces conversacionais, que permitirão executar operações complexas por meio de linguagem natural.
"A EASYB2B busca estar estruturada para esse cenário, com dados padronizados e integrações ativas com ERPs, formando a base para modelos avançados de previsão e tomada de decisão", afirma.
Embora a aplicação da IA no B2B exija lidar com desafios fiscais, logísticos, tributários e de dados, o executivo ressalta que o valor da tecnologia está na capacidade de permitir que empresas com sistemas distintos operem entre si de forma integrada e eficiente.
"No fim do dia, a IA não substitui o trabalho humano nem toma decisões de forma autônoma. Ela atua como um ampliador de produtividade, executando tarefas operacionais e repetitivas para que cada profissional aumente sua capacidade de entrega e concentre seu tempo em atividades estratégicas", conclui Ferraz.
Para saber mais, basta acessar: https://www.easyb2b.io/