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Megaoperação no Rio de Janeiro termina com 64 mortos e 81 presos

Entre as vítimas, estão quatro policiais; ação teve confronto intenso com traficantes do Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio
29/10/2025 às 07h45
Megaoperação no Rio de Janeiro termina com 64 mortos e 81 presos
Policiais Marcus Vinícius de Carvalho e Rodrigo Velloso estão entre os mortos no confronto - Foto: Betinho Casas Novas/G1/Especial

Uma megaoperação das forças de segurança do Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho (CV) terminou, nesta terça-feira (28), com 64 mortos, incluindo quatro policiais, e 81 pessoas presas. A ação, realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio, é considerada a mais letal da história do estado, segundo dados confirmados pelo Palácio Guanabara.

Cerca de 2.500 agentes participaram da ofensiva, parte da Operação Contenção, programa permanente de enfrentamento ao crime organizado no Rio. Durante o cumprimento de quase 100 mandados de prisão, as equipes foram recebidas com tiros e barricadas em chamas. Em vídeos que circulam nas redes, é possível ouvir quase 200 disparos em um minuto, em meio a colunas de fumaça que tomaram os morros.

Mortos e feridos

Entre as vítimas fatais estão quatro policiais — dois do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e dois da Polícia Civil. São eles:

  • Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, 51 anos, conhecido como Máskara, recém-promovido comissário da 53ª DP (Mesquita);

  • Rodrigo Velloso Cabral, 34 anos, da 39ª DP (Pavuna);

  • Cleiton Serafim Gonçalves, 40 anos, do Bope;

  • Heber Carvalho da Fonseca, 39 anos, também do Bope.

Outros 15 policiais ficaram feridos — seis deles em estado grave. Além disso, três civis foram atingidos por balas perdidas, entre eles um homem em situação de rua e uma mulher que estava em uma academia.

Do lado dos criminosos, 60 suspeitos morreram em confronto, sendo dois naturais da Bahia e um do Espírito Santo.

Presos e apreensões

Ao todo, 81 pessoas foram presas. Entre os capturados estão Thiago do Nascimento Mendes, o Belão do Quitungo, apontado como um dos líderes do CV na região, e Nicolas Fernandes Soares, operador financeiro do chefe da facção, Edgar Alves de Andrade, o Doca ou Urso.

As forças de segurança apreenderam 93 fuzis, duas pistolas e nove motocicletas. Segundo a Polícia Civil, criminosos usaram drones para lançar explosivos contra os agentes, numa tentativa de retaliação. Outros traficantes fugiram em fila indiana pela parte alta do morro, em uma cena que lembrou a ocupação do Alemão em 2010.

Contexto da operação

A ofensiva faz parte da Operação Contenção, estratégia do governo estadual para conter o avanço territorial do Comando Vermelho em comunidades do Rio e interior do estado. O secretário de Segurança Pública, em nota, afirmou que as forças agiram para “restabelecer a ordem e combater o poder armado paralelo”.

A ação começou ainda na madrugada, com o apoio de blindados e helicópteros. Apesar da intensidade dos confrontos, o governo destacou que todos os mandados foram cumpridos dentro da legalidade e que nenhum agente entrou nas comunidades sem ordem judicial.

 

 

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